Há um ano que o Rover Perseverance está em Marte

A 18 de fevereiro de 2021, a nave que transportava o Perseverance acelerou a 20.000 km/h para “romper” a atmosfera marciana e chegar ao destino planeado, após uma jornada de sete meses.

Em Terra, ocorreu o que foi apelidado de “7 minutos de terror” – dado o atraso que existe para as comunicações cruzarem a distância entre os dois planetas – enquanto o rover realizava uma série de manobras arriscadas, fora de vista e sem possibilidade de intervenção dos engenheiros da equipa da NASA.

A chegada das primeiras imagens de vídeo enviadas pela Perseverance foi, portanto, recebida com grande emoção pela equipa: o rover atracou com sucesso no local para o qual estava destinado. Assim começou a missão Perseverance em Marte, cujo principal objetivo é  procurar de sinais ancestrais de vida.

Perseverance já faz um ano

Perseverance pode ser visto como o “investigador principal” da missão Mars 2020, mas há outro grande protagonista: Ingenuity, um mini-helicóptero que o rover carregava consigo e que surpreendeu por sua resiliência a condições adversas.

O primeiro teste foi sobrevoar a superfície marciana a uma altitude de três metros por 30 segundos, e foi bem-sucedido.

No entanto, o helicóptero de 1,8 kg já repetiu com sucesso o feito várias vezes e tem somado cada vez mais tempo de voo sobre terras marcianas. No dia 5 de dezembro, quando completou seu 17º voo, ultrapassou a marca de 30 minutos de tempo acumulado e mais de 3.500 metros de distância percorrida. Também alcançou os 12 metros de altitude e andou a uma velocidade de cinco metros por segundo.

A NASA diz que a importância do voo do Ingenuity é obter dados precisos e valiosos, para que possa ajustar e criar versões aprimoradas de helicópteros marcianos, que ajudarão os cientistas a explorar o planeta vermelho no futuro.

Um ano depois, Perseverance atravessou, conforme planeado, a Cratera Jezero, uma bacia de 45 quilômetros de largura localizada no hemisfério norte de Marte. Há cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, um rio desaguava num corpo de água do tamanho do Lago Tahoe, depositando sedimentos em forma de leque conhecidos como delta.

A equipa científica do rover acredita que este antigo delta do rio e depósitos de lagos podem ter coletado e preservado moléculas orgânicas e outros sinais potenciais de vida microbiana, razão pela qual esta tem sido a região de escolha para a coleta de amostras de rochas.

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