Ex-funcionário da Apple desvia 20 milhões em golpe histórico

No universo corporativo, histórias de ascensão e queda são comuns, mas algumas são marcadas por tramas dignas de um filme de Hollywood. É o caso de Dhirendra Prasad, um ex-empregado da Apple que protagonizou um esquema de fraude milionário, desviando mais de 17 milhões de dólares da gigante da tecnologia. Este artigo desvenda os contornos desse caso e reflete sobre as lições que podemos extrair dele.

Dhirendra Prasad não era um nome conhecido no mundo da tecnologia até que seu esquema fraudulento veio à tona. Com uma licenciatura da Universidade do Pacífico Sul, em Fiji, Prasad tinha um histórico de empregos em empresas como Solectron e Flextronics antes de chamar a atenção da Apple. Como gerente, ele tinha sob a sua responsabilidade a gestão da cadeia de produção da empresa, assegurando que não houvesse problemas de fornecimento de peças. No entanto, foi exatamente essa posição privilegiada que lhe permitiu orquestrar um esquema de fraude complexo.

A audácia do esquema era tal que envolvia a revenda de componentes para a própria Apple, que, sem saber, pagava várias vezes pelo mesmo produto. Prasad contou com a cumplicidade de dois parceiros, Robert Gary Hansen e Don M. Baker, proprietários de negócios de venda de componentes eletrônicos, que ajudaram a dar credibilidade ao esquema.

A magnitude do roubo é surpreendente, mas ainda mais chocante é a capacidade de Prasad em ocultar as suas atividades ilícitas durante tanto tempo. A Apple, conhecida pela sua vigilância e segurança, levou anos para descobrir e a esclarecer a situação. Quando finalmente descoberto, Prasad foi declarado culpado de todos as acusações e enfrenta uma possível condenação de até 25 anos de prisão, embora se estime que possa cumprir menos de metade desse tempo.

Além do roubo direto, Prasad e os seus cúmplices criaram uma empresa fantasma para lavar o dinheiro obtido ilegalmente e, de quebra, reduzir as suas obrigações fiscais. O esquema, embora sofisticado, acabou desmoronando, levando à captura e condenação dos envolvidos.

Na minha opinião, a história de Prasad não é apenas sobre um crime, mas também sobre a importância de sistemas robustos de governança corporativa. O caso serve como um alerta para que as empresas reforcem suas medidas de segurança e para que os indivíduos reflitam sobre as consequências legais e morais de seus atos. Afinal, a verdade tende a vir à tona, e a justiça, mesmo que tardia, é uma realidade inescapável.

Fonte: USAToday

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