Os ataques destrutivos continuarão a aumentar no próximo ano, sendo que quer os carros conectados, quer os sistemas financeiros estarão entre os mais afectados por ataques informáticos. As conclusões constam da análise anual desenvolvida pela Kaspersky Lab, segundo a qual os ataques Shamoon 2.0 e StoneDrill, reportados no início de 2017, e ExPetr/NotPetya em Junho, revelaram um crescente interesse pelos ataques destrutivos do tipo wiper.
Segundo a companhia, é provável que os carros conectados enfrentem novas ameaças como resultado da crescente complexidade da cadeia de distribuição, “que conduz a um cenário em que nenhum participante tem visibilidade, e muito menos controlo de todo o código fonte de um veículo. Isto poderá facilitar a entrada aos hackers, evitando a sua identificação”.
A Kaspersky Lab conclui que o aumento da segurança dos pagamentos online significa que “os hackers redirecionaram o seu interesse para a forma como a gestão das contas é feita”, num claro sinal de que o sistema financeiro estará entre os principais alvos de ataques informáticos. Em comunicado a que o Mais Tecnologia teve acesso, a empresa revela que cada vez mais ataques estarão relacionados com o reconhecimento e perfis utilizados para proteger os exploits mais apreciados pelos hackers. Estes vão investir mais tempo no reconhecimento e na utilização de ferramentas de elaboração de perfis, como “BeEF”, para analisar se um exploit mais económico, do tipo zero-day, o pode fazer.
