Apesar dos riscos óbvios, trabalhar com grupos de cibercriminosos pode ser um trabalho atrativo para quem procura algo bem remunerado. No cibercrime, hackers, desenvolvedores, administradores e designers estão a ser muito procurados.
Os grupos organizados de cibercrime estão a oferecer salários acima do milhão de euros por ano.
De acordo com uma nova análise da empresa de segurança cibernética Kaspersky, tudo indica que os desenvolvedores são os mais procurados no ecossistema do cibercrime. Os pesquisadores da empresa deram conta de mais de 200.000 mensagens relacionadas com empregos postadas em 155 fóruns da dark web entre janeiro de 2020 e e o final de 2022. O número de postagens atingiu o pico em março de 2022, possivelmente devido a bloqueios relacionados à Covid-19 e quebras acentuadas de rendimento em vários países.
Outras posições que estão a ser muito procuradas são especialistas em ciberataque, engenheiros informáticos, analistas, administradores e designers. “Mesmo as equipas de hackers mais sofisticadas continuam a precisar de apoio” perceberam os pesquisadores. A cada tarefa bem-sucedida, estes hackers ganham um bónus instantâneo e uma folga extra.
Os testes a que os candidatos têm de se sujeitar são comuns, disseram os pesquisadores, e incluem etapas como criptografar arquivos, evitar a ativação de antivírus e estarem sempre disponível online.
A análise da Kaspersky percebeu que algumas pessoas que procuram este tipo de emprego estão simplesmente a precisar de dinheiro, mas, no geral, parecem desconhecer as reais implicações e riscos que o cibercrime acarreta: “mudanças no mercado, demissões e cortes salariais também costumam levar este tipo de profissionais a procurarem emprego em sites de crimes cibernéticos”, lê-se na notícia.
Em Portugal, desde a pandemia da Covid-19, e com os consequentes confinamentos, que as denúncias de cibercrimes passaram de 193 casos para 2124 anuais. Apesar de não ser nova, esta modalidade de crime passa por constantes atualizações e ainda desperta muita curiosidade ao utilizador comum de internet.
Fonte: Ciber Scoop