Brian Armstrong pensa que a Coinbase pode tornar-se uma ‘super app’

Brian Armstrong, CEO da Coinbase, antevê que a empresa se pode vir a tornar um “super aplicativo” de criptomoedas. Nos próximos cinco a sete anos, observa que a Coinbase se pode vir a tornar num balcão único para todas os assuntos relacionados com criptomoedas, desde a compra e venda destes ativos criptográficos até o uso de DeFi — vulgarmente conhecido como aplicativos de finanças descentralizadas — o que se pensa ser o objetivo máximo, pelo menos por enquanto, para o mundo da blockchain.

Armstrong compara a antevisão para a Coinbase com a do WeChat e do Alipay, que são aplicativos com forte impactos nas redes sociais e pagamentos na China. Estes aplicativos oferecem uma ampla gama de recursos, incluindo mensagens, pagamentos, serviços bancários e até de entregas de comida, ainda que exclusivamente no mercado chinês. Porém, isto não seria algo estranho quando já observamos uma Amazon tão forte globalmente, mas sobretudo, no mercado norte-americado.

O presidente executivo acredita por isso que a Coinbase se pode tornar num “super aplicativo” idêntico, mas para o mundo das criptomoedas — o veículo impulsionador da web3 e da blockchain ao massificar a adoção quer por particulares, quer por consumidores institucionais — e com isso liderar o setor, nesse aspeto, provavelmente, procurando concorrer com a Binance. Afirma ainda o CEO que a Coinbase irá precisar de “desenvolver bastantes recursos novos” para alcançar essa visão, mas acredita que é possível.

Entre os recursos-chave que permitirão à Coinbase alcançar esse objetivo, será necessário concretizar o suporte para aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi). DeFi é um ecossistema em rápido crescimento de aplicativos financeiros construídos sobe a tecnologia blockchain. Estes aplicativos oferecem uma vasta gama de recursos, como empréstimos (não colateralizados), empréstimos com garantia e spot trades, que são idênticos aos serviços financeiros tradicionais.

Armstrong acredita que o DeFi é o futuro das finanças e pretende que a Coinbase esteja na vanguarda desse caminho. Ele afirma que a empresa necessitará de “investir fortemente” em conceitos de finanças descentralizadas para poder ambicionar tornar-se num “super aplicativo de criptomoedas”. Para além disto, a Coinbase também planeia adicionar outros recursos à sua plataforma. Esses recursos incluem suporte para redes sociais descentralizadas, mensagens e comércio descentralizado. Armstrong acredita que estes recursos tornarão a Coinbase o aplicativo principal para tudo o que esteja relacionado com criptomoedas.

Isto é relevante numa altura em que o sistema bancário internacional já começou de forma efetiva a perceber as potencialidades e também os riscos que implica a não adoção e massificação destas tecnologias, ficando de fora das tendências do mercado e sobe consequência da obsolescência, pelo facto de afastar parcialmente o poder económico de uma unidade central, procurando descentralizá-lo pelos detentores de riqueza.

Por agora, resta saber se a Coinbase será capaz de alcançar a sua visão de se tornar um “super aplicativo” de criptomoedas no médio-prazo, no entanto, as ambições de Armstrong são claras e demonstram que a empresa norte-americana — que alega estar a ser alvo de um ataque do regulador norte-americado, a SEC — está a investir de forma sólida e consolidada para tornar a sua visão numa realidade.

Fonte: TechCrunch

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