Perigos da IA no diagnóstico do cancro

Hoje em dia podemos ver algoritmos a diagnosticar doenças ou lesões, ou a avaliar sinais duvidosos na pele com a consistência que uma maquina consegue fazer.

Este mês pudemos ver a Google mostrar um grande número de títulos sobre um estudo que diz que sistemas de Inteligência Artificial conseguem identificar cancro da mamã em mamografias de uma maneira mais correcta que os médicos.

No entanto, para muitos no ramo da saúde, estudos como os referidos anteriormente não mostram só as vantagens mas também potenciais desvantagens. Apesar de todos os algoritmos que os equipamentos possam ter, defende-se que nunca se poderá colocar nas maquinas a subtileza e experiência dos médicos e enfermeiras. Em algumas áreas onde existe a notória força para a utilização de Inteligência Artificial, também existe grande probabilidade de existirem problemas.

No caso do estudo anunciado pela Google, o maior criticismo que o mesmo enfrenta é o facto de se tentar tornar automático um processo que é um pouco controverso. Durante anos que médicos defendem que scans para cancro da mamã muito cedo podem mesmo ajudar o cancro a progredir e que a introdução de IA só vem agravar a situação.

A sociedade acredita que encontrar mais cancro é melhor mas existem casos em que isso não é verdade. O objectivo é encontrar cancro que realmente mate as pessoas e não o cancro que não afecta em nada a vida das pessoas.

Estudos têm demonstrado que é possível um paciente ter lesões de inicio de cancro e obter várias respostas de vários médicos, e mesmo que alguns desses diagnósticos coincidam não existe possibilidade de saber se a situação em questão ameaça a vida das pessoas. Tal situação pode levar ao paciente ter demasiados diagnósticos e por vezes chama-se de cancro a situações que não fazem qualquer tipo de dano à vida das pessoas. Assim que se chama a algo de cancro isso desencadeia uma série de tratamentos e intervenções médicas que podem ser dolorosas, caras e alterar completamente a vida das pessoas.

Portanto a utilização, ou abuso da utilização, de IA no diagnóstico de cancro não deve ser uma decisão a ser tomada de ânimo leve.

Fonte: The Verge

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