Portugal é conhecido por ter acesso fácil às tecnologias mais recentes em termos de comunicações móveis. A penetração no mercado de telemóveis aquando o seu surgimento foi caso notícia em toda a Europa, mas anos mais tarde as infraestruturas criadas pelos operadores são alvos de críticas, nomeadamente fora das grandes cidades. O relatório agora divulgado pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) é preocupante e aponta necessidades de acesso à banda larga móvel em mais de 588 freguesias portuguesas.
Esta peça no retrato de um país a duas velocidades vem completar o enquadramento de necessidades de acesso à fibra ótica dentro até mesmo das principais cidades e das fraquezas da transição para a TDT que atirou muitos lares portugueses para penosos contratos com operadoras de TV. Neste relatório da ANACOM certas zonas estão mesmo sem qualquer tipo de cobertura de rede móvel.
A lista foi apresentada pelo organismo regulador das comunicações em Portugal aos operadores móveis Meo, Nos e Vodafone que terão de melhorar a cobertura nas 588 freguesias que constam na lista resultante da Consulta sobre a renovação dos direitos de utilização de frequências atribuídos na faixa dos 2100 MHz para serviços de comunicações eletrónicas terrestres.
A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) quer mudar o cenário e impôs recentemente à MEO, NOS e Vodafone a cobertura em mais de 588 freguesias com banda larga móvel.
De acordo com a decisão da ANACOM, cada um dos operadores móveis deve cobrir 196 das freguesias listadas, dispondo do prazo de um ano para comunicarem à ANACOM o acordo alcançado na repartição das freguesias entre si.
Fonte: ANACOM