O telescópio espacial James Webb funciona com uma drive SSD de 68GB

No passado dia 11 de julho foi revelada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, a primeira imagem capturada pelo telescópio espacial James Webb, finalizando assim um processo de preparação com mais de uma década. Entretanto o telescópio já realizou mais algumas capturas que também já foram todas reveladas ao público.

Apesar do seu perfil altamente tecnológico e da sua capacidade de tirar fotografias com resolução e qualidade superiores às do telescópio Hubble, o James Webb possuí uma drive de armazenamento incrivelmente pequena. Estamos a falar de uma pequena SSD de apenas 68GB, que apenas consegue lidar com um dia de imagens capturadas por este novo aparelho espacial.

Pode parecer mesmo uma ideia ridícula ter um hardware tão simples como este, mas ao que parece existem razões para esta escolha. Como o James Webb se encontra fora da atmosfera terrestre acaba por ser exposto a enormes quantidades de radiação presente no espaço e ainda a temperaturas que chegam aos -50 graus Celsius. Devido a isto, a SSD tem de estar apta a funcionar corretamente em condições extremas.

Para além disso o novo telescópio espacial estabelece contacto diariamente com a Terra através de janelas de comunicação com cerca de 4 horas de duração. Esta comunicação permite a transferência da maior parte dos dados capturados num dia, eliminando assim a necessidade de um sistema de armazenamento maior e até mais pesado. Este download é feito com ligação à Deep Space Network a 28Mbps através de uma Ka-band de 25.9 GHz.

A SSD em si não é o tipo de hardware rápido presente nos nossos computadores, mas é rapidamente preenchida através de um subsistema de gestão de dados e informação com velocidades até 48Mbps. Este subsistema permite que a drive seja totalmente preenchida em apenas 2 horas.

A NASA também estima que a SSD acabe por ter apenas 60GB de espaço disponível após os próximos 10 anos, devido ao desgaste e radiação. Também é de notar que 3GB do espaço total são destinados para propósitos de engenharia e armazenamento de telemetria, o que significa que a SSD poderá acabar com menos de 60 GB ao fim de 10 anos. Tudo o que resta saber agora é a longevidade do novo aparelho espacial, já que o último telescópio espacial, o Hubble, continua a operar após 32 anos.

Fonte: Engadget

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