Futebol na lua pode tornar-se uma realidade em 2035, apontam cientistas

Um artigo especulativo publicado pelo Institution of Engineering and Technology (IET), uma instituição de investigação com sede na Grã-Bretanha, sugeriu que seria possível organizar jogos de futebol na Lua já em 2035! O artigo foi rapidamente veiculado pela imprensa britânica e internacional.

Se se concretizar, as casas de apostas legais devem lançar palpites para a modalidade assim que ficar disponível, pois o interesse desta variante seria certamente altíssimo! Porém, as odds de que realmente se verifique são baixas. Vejamos como seria possível.

Seria tecnicamente viável?

De acordo com o IET, além dos fatos espaciais bastante resistentes, bastaria adaptar toda a circunstância. A bola deveria ser 1,5 maior e feita em material esponjoso. Para evitar o cansaço extremo, o campo teria 32×25 metros, muito menor que o que temos na Terra — ao contrário do que diria o senso comum, que associa a menor gravidade da Lua à facilidade nos saltos! Mas o facto é que saltar é mesmo mais fácil — e por isso a baliza teria também de ser maior, a contar também com o tamanho da bola.

Também para obviar ao cansaço, os cientistas previram quatro períodos de 10 minutos, mas com um intervalo de 20 minutos entre cada um. A previsão é para um esforço verdadeiramente hercúleo!

E, porque as odds de a bola se perder seriam enormes, seria conveniente contar com paredes fechadas a toda a volta do campo. Também as odds de ocorrerem lesões seriam drasticamente reduzidas, proibindo o jogo de cabeça (ou de “capacete”), os carrinhos e todo o contacto em geral, aproximando o jogo do conceito do basquetebol.

O terreno de jogo seria previamente tratado com laser, para garantir um piso adequado, e as marcações feitas com polímeros pretos e brancos, bem visíveis.

Seria economicamente viável?

Normalmente, não é papel dos engenheiros, cientistas e técnicos abordar esta questão — a qual é deixada aos empreendedores. Muitos cientistas consideravam que as odds para o sucesso dos telemóveis, com as suas caríssimas torres de rede, enfrentando legislação, moradores, etc., não seriam economicamente viáveis — mas esse não era o papel deles.

O artigo não aborda essa questão, deixando-a para o mundo. Teoricamente, e por mais que a transmissão de tais eventos congregasse a atenção do mundo inteiro, não se afiguram grandes odds de êxito, até porque o efeito de novidade rapidamente se desvaneceria. Mas é preciso contar com outro aspeto, não estritamente económico.

A geopolítica da corrida à Lua

Na verdade, 2023 assistiu a mais um capítulo da corrida ao espaço entre os diversos países (e atores privados, ultimamente) do mundo. Rússia e Índia disputaram o “prémio” de serem o primeiro país a conseguir aterrar — aliás, alunar — uma sonda no “Polo Sul” da Lua. As odds sustentavam que a Índia, com a experiência acumulada da expedição anterior, pudesse triunfar, e foi isso que aconteceu, poucos dias depois da sonda russa se despenhar na superfície lunar.

Numa altura em que as odds de a NASA voltar a colocar uma missão tripulada na Lua são altas, e com a China a não querer perder o “balanço” que tem conseguido, tudo se pode esperar.

Será provável?

Se tivéssemos de calcular odds para futebol lunar, seriam, porém, mais para um evento único, para demonstração de força tecnocientífica, do que para uma verdadeira competição. Sem rentabilização económica expectável de tamanha monstruosidade, ainda assim seria de esperar um jogo entre astronautas expressamente enviados para o efeito.

Quem sabe se o próprio Cristiano Ronaldo, já retirado do futebol profissional, não quereria estar entre os primeiros a jogar futebol na lua. Num tempo em que as viagens espaciais serão alargadas a viajantes mais velhos, e tendo em conta a sua continuada capacidade física, as odds de Ronaldo estar em condições de participar seriam consideráveis.

O futebol tem um atrativo imenso em todo o planeta, justificando, aliás, o dinheiro que as petromonarquias do Médio Oriente nele têm investido, procurando outros benefícios que não os estritamente económicos e financeiros. As odds de Ronaldo jogar na Arábia Saudita também eram baixas, há alguns anos, pelo que não seria de todo impossível!

Em todo o caso, enquanto não temos a possibilidade de assistir e apostar em futebol lunar, mais vale divertimo-nos e apostarmos nos resultados do futebol “tradicional” jogado na superfície do nosso planeta Terra.

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