Descoberta Chocante: Lua é 40 Milhões de Anos Mais Velha

Enquanto a NASA planeia a próxima geração de missões tripuladas à Lua, através do programa Artemis, e a China continua a revelar novos achados a partir das amostras lunares obtidas pelas suas missões Chang’e, as rochas lunares recolhidas há cinco décadas pelos astronautas do programa Apollo continuam a proporcionar descobertas científicas. A mais recente? A verdadeira idade da Lua.

Segundo o último estudo das amostras trazidas no início da década de 1970 pelas missões Apollo, a Lua tem cerca de 4.460 milhões de anos, ou seja, é cerca de 40 milhões de anos mais antiga do que se pensava anteriormente. Este novo trabalho coloca a formação do nosso satélite apenas 110 milhões de anos após a formação do sistema solar.

A análise também reforça a nossa ideia de como ocorreu o evento que formou a Lua. Acredita-se que o nosso satélite surgiu após um choque no nosso planeta de um objeto muito mais massivo que a Lua, aproximadamente do tamanho de Marte. Este impacto fez com que se libertassem vários fragmentos de rocha para a órbita terrestre, sendo que o maior deles se tornou a Lua.

Os autores do estudo utilizaram uma tecnologia chamada tomografia de sonda atómica para investigar a composição atómica das amostras de zircónio lunar analisadas. Este processo permitiu determinar os isótopos de urânio e chumbo presentes e, assim, realizar uma datação radiométrica da amostra.

As amostras utilizadas foram recolhidas em dezembro de 1972 pelos astronautas da missão Apollo 17, a última missão tripulada à Lua até hoje. Este novo estudo coincide com o início de uma nova era na exploração lunar, com países como a China e a Índia a desenvolverem programas ambiciosos para a exploração do nosso satélite.

A descoberta da verdadeira idade da Lua, graças às amostras recolhidas há quase 50 anos pela missão Apollo 17, é um marco importante na nossa compreensão da história do nosso sistema solar. Esta descoberta reforça a importância de continuar a explorar o espaço e a investir em tecnologias que nos permitam analisar e compreender melhor o nosso universo.

Acredito que estas descobertas não só nos ajudam a compreender melhor o nosso passado, mas também podem ser fundamentais para o nosso futuro, à medida que continuamos a explorar a possibilidade de colonização lunar e, quem sabe, a exploração de outros planetas. A corrida espacial pode ter começado há décadas, mas está longe de terminar. Com cada nova missão e cada nova descoberta, estamos a abrir novas portas para o futuro da humanidade.

Fonte: The Guardian

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