Primeiras Impressões do HONOR Magic V3: É assim que deve ser um dobrável?

Após ter passado algum tempo com o novo HONOR Magic V3, posso afirmar que este smartphone dobrável promete desafiar o status quo. O mundo dos telemóveis dobráveis já teve os seus altos e baixos, mas a evolução tecnológica que a HONOR conseguiu atingir com este dispositivo coloca-o, sem dúvida, num patamar diferente.

A primeira coisa que se destaca no Magic V3 é o seu design. Ao segurá-lo pela primeira vez, fui imediatamente surpreendido pela sua espessura – ou, melhor dizendo, pela falta dela. Com 9.2mm quando fechado e apenas 4.35mm quando aberto, é quase inacreditável o quão fino este dispositivo consegue ser. Confesso que, por momentos, até duvidei que fosse realmente um telemóvel dobrável. A sensação de leveza e sofisticação é impressionante.

Este fator é ainda mais impressionante quando pensamos que estamos a falar de um dispositivo dobrável, geralmente associados a um volume e peso superiores. A HONOR conseguiu reduzir drasticamente o peso e a espessura, mantendo uma robustez notável. O corpo do dispositivo é construído com um material chamado Super Fibre, que, ao toque, oferece uma suavidade quase viciante. No entanto, essa suavidade pode ser perigosa – é fácil o dispositivo escorregar das mãos se não estivermos atentos. Felizmente, a HONOR pensou nisso e oferece capas protetoras para o seu dispositivo, algo que, pessoalmente, valorizo muito essa opção logo na caixa, nomeadamente neste tipo de equipamentos que custam 2000€.

Mas a HONOR não se limitou ao design exterior. O Magic V3 vem equipado com o mais recente processador Qualcomm Snapdragon 8 Gen 3, juntamente com 12GB de RAM e até 512GB de armazenamento interno. Isto significa que estamos a falar de um dispositivo poderoso, capaz de lidar com multitasking sem esforço e de proporcionar uma experiência de utilizador fluida, mesmo nas tarefas mais exigentes.

Tanto o ecrã externo de 6.43 polegadas como o interno de 7.92 polegadas impressionam com a sua qualidade. A taxa de atualização de 120Hz em ambos os ecrãs oferece uma navegação suave, seja a navegar na internet, a assistir a vídeos ou a jogar.

Ambos com uma impressionante luminosidade de 1.800 nits, o que significa que mesmo sob luz solar intensa, o conteúdo permanece perfeitamente visível. Embora a presença de uma ligeira dobra no ecrã interno seja inevitável (como acontece com todos os dobráveis), é algo que só se nota ao toque. Visualmente, praticamente desaparece quando estamos imersos no conteúdo.

Ainda assim, é importante mencionar um pequeno contratempo: os ecrãs tendem a atrair muitas impressões digitais. Num dispositivo de luxo como este, seria de esperar um tratamento oleofóbico mais eficaz. Felizmente, uma simples limpeza rápida resolve o problema.

A configuração da câmara é outro aspeto que chamou a minha atenção. O módulo de câmara octogonal não passa despercebido, e com boas razões. A HONOR equipou o Magic V3 com uma combinação de três sensores: dois de 50MP (um para grande angular e outro para telefoto) e uma câmara ultra grande angular de 40MP. Isto traduz-se numa versatilidade enorme para quem, como eu, adora fotografia móvel.

É verdade que não terá um resultado comparado aos smartphones topo de fama e que lideram o ranking DXOMark, mas não deixa de ter um resultado impressionante e de grande qualidade. Não será, certamente, por não ter o melhor resultado do mercado na fotografia móvel que não escolherá este equipamento.

Apesar de ter tido apenas um breve tempo com o telemóvel, posso dizer que, em condições de boa iluminação, as fotos são nítidas e detalhadas. O sistema de IA faz maravilhas na pós-produção, corrigindo automaticamente alguns erros e realçando o que importa nas imagens.

No entanto, não deixa de ter alguma ironiza indicarmos que o equipamento é o mais fino do mundo, mas depois temos uma espessura enorme na área das câmaras. Mas temos de ressalvar que é impossível evitar por razões técnicas do hardware das câmaras, sendo algo que também aconteceu em todos os outros smartphones (e dobráveis).

Por ser um dispositivo dobrável, a durabilidade da dobradiça é sempre uma preocupação. A HONOR aposta numa dobradiça de nova geração, projetada para suportar até 500.000 ciclos de abertura e fecho. Isso dá aos utilizadores uma sensação de segurança quanto à longevidade do dispositivo – algo que, para mim, é crucial num telemóvel dobrável.

Primeiras Impressões: É assim que se faz?

Nas primeiras impressões, o HONOR Magic V3 parece um dispositivo que tem tudo para marcar uma nova era no mercado dos telemóveis dobráveis. Entre o design ultrafino, a potência do seu hardware e a versatilidade das câmaras, é claro que a HONOR não poupou esforços para oferecer algo único.

Claro, ainda é cedo para tirar conclusões definitivas. Resta ver como o dispositivo se comporta em utilização prolongada, especialmente no que toca à durabilidade e à resistência da dobradiça. Além disso, o preço será certamente um fator importante na decisão de compra.

Contudo, para já, posso dizer que a HONOR está definitivamente no caminho certo para redefinir o que significa ter um smartphone dobrável, já que a grossura deste equipamento quando fechado aproxima-se dos smartphones “normais”, e isso é muito importante, pois “ninguém quer andar com um tijolo no bolso”, para depois ter um ecrã maior ao abrir o smartphone.

Em breve trarei uma análise mais aprofundada, mas por enquanto, o Magic V3 já impressiona. Se procura inovação, design e desempenho num só dispositivo, este é, sem dúvida, um modelo a considerar.

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