A Mandiant apresentou esta segunda-feira, 18, um relatório onde acusa uma unidade secreta do exército chinês de ser responsável por alguns dos maiores ataques informáticos dos últimos anos. A investigação foi realizada em parceria com o jornal The New York Times.
De acordo com a empresa de segurança virtual norte-americana, este ramo militar – intitulado Unit 61398 – será, provavelmente, “um dos mais prolíficos grupos de ciber espionagem” do planeta.
Neste relatório, a Mandiant revela que a unidade chinesa terá, desde 2006, “roubado, sistematicamente, centenas de terabytes de dados” de mais de 140 instituições. Quase 90 por cento destas entidades estão localizadas nos Estados Unidos da América e noutros países de língua oficial inglesa.
Tendo em conta o documento e as provas apresentadas, a Casa Branca já terá contactado o governo da China com o intuito de expôr a preocupação norte-americana em relação à espionagem virtual.
Em jeito de resposta, a China desmentiu as acusações e questionou o relatório apresentado pela Mandiant. O porta-voz do governo chinês, Hong Lei, desacreditou o relatório da empresa norte-americana e lembrou que “os ataques informáticos são transnacionais e anónimos. Determinar as suas origens é extremamente difícil”.
