Cuidado: Teslas podem não conseguir ver crianças na estrada

O software de condução autónoma da Tesla não reconhece crianças nas passadeiras. O alerta foi dado por um grupo de defesa de tecnologia segura que realizou uma série de testes com vários modelos da marca, reportados ao Guardian.

Segundo o Dawn Project, a mais recente versão do software de condução autónoma da Tesla (lançado em junho) atingiu bonecos com tamanho de crianças, numa condução a cerca de 40 km’s/hora, o que levou a organização a reforçar a sua campanha junto do Congresso (americano) para proibir o uso da tecnologia em causa.

O fundador do Dawn Project, Dan O’Dowd, classificou os resultados como “profundamente perturbadores”.

Para O’Dowd, o software “é uma ameaça letal para todos os norte-americanos. Mais de 100 mil condutores já o estão a utilizar (…) colocando as crianças em grande risco”, disse, enquanto pretende que a tecnologia seja proibida até que a Tesla prove que os automóveis não vão bater nas crianças que estiverem a atravessar nas passadeiras.

De recordar que, na abertura da conferência mundial sobre Inteligência Artificial, em Singapura, o fundador e CEO da empresa, Elon Musk, disse que este ano deverá conseguir atingir o nível máximo da condução autónoma – o nível cinco -, que corresponde à capacidade do veículo circular sem qualquer intervenção humana.

Em junho, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) disse estar a investigar 830 mil carros da Tesla, após uma série de acidentes em circunstâncias pouco claras, enquanto, por outro lado, alguns modelos mais recentes da Tesla têm estado a travar sem qualquer razão, fazendo aquilo a que se chama uma “travagem fantasma”.

Desde 2016, a agência investigou 30 acidentes com veículos da Tesla equipados com sistemas de condução autónoma, dos quais 19 resultaram em mortes. Após um acidente no ano passado no Texas, nos Estados Unidos, do qual resultaram dois mortos, concluiu-se que o modo “autopilot” estava desligado, daí que tenha havido intervenção humana na colisão fatal.

Fonte: Guardian

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