A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) está a avaliar um sistema que deteta automaticamente os níveis de álcool no sangue dos condutores e os impede de começarem a conduzir caso estejam com níveis de álcool no sangue acima do permitido por lei.
Este sistema, denominado “alcohol-lock”, já está a funcionar em vários países europeus e até existe uma diretiva europeia que exige que as viaturas novas tenham pré-instalação de teste de alcoolemia.
Nos países onde já está a ser testado, o instrumento tem sido testado em grupos específicos, como motoristas de transportes públicos ou taxistas. Há estudos que indicam que o sistema é até 90% mais eficaz do que outros métodos de prevenção.
A Suécia foi o primeiro país europeu a instalar este “alcohol-lock” em 1999. Mais tarde, em 2008, chegou à Finlândia.
Em Portugal este sistema ainda não existe, mas será muito semelhante ao “teste do balão”, só que, neste caso, estará associado à eletrónica do veículo e pode impedi-lo de arrancar. Se estiver abaixo do nível determinado, o motor arranca normalmente. O sistema é capaz de analisar o nível de álcool no sangue em apenas 25 segundos. Contudo, o sistema poderá vir a ser aplicado apenas a infratores reincidentes ou quem foi apanhado pela primeira vez com elevado nível de álcool no sangue.
Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna de 2022, houve um aumento significativo dos crimes por condução com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gramas por litro de sangue, de mais de 15 mil, em 2021, para mais de 22 mil no ano passado.
Uma diretiva europeia, que entrou em vigor a 6 de julho de 2022, obriga os estados-membros a instalar um alcoolímetro que pode bloquear o arranque do carro nos novos modelos de veículos, havendo um período de adaptação de dois anos.
O “alcohol-lock” pode ter ainda uma câmara associada que faz o reconhecimento facial do condutor, mesmo que este não seja o proprietário do veículo.
