O mercado de carros elétricos tem vivido momentos de altos e baixos. Enquanto alguns fabricantes estão a desenvolver alternativas, outros são forçados a reduzir os preços devido à concorrência, não só da Tesla, mas também dos fabricantes chineses. Elon Musk, CEO da Tesla, falou recentemente sobre esta situação.
Durante uma conferência com investidores, Musk expressou a sua preocupação com a indústria automóvel elétrica chinesa, acreditando que esta pode revolucionar o mercado global. Segundo Musk, as empresas chinesas de automóveis são as mais competitivas do mundo e, a menos que sejam estabelecidas barreiras comerciais, poderão dominar a maioria das outras empresas globais.
A situação é tão notável que até a Comissão Europeia está a prestar especial atenção. Estão a ser investigados os subsídios que estão a ser concedidos aos fabricantes chineses para determinar se isso representa uma vantagem competitiva. Se for esse o caso, a União Europeia poderá acabar por impor impostos mais elevados sobre os veículos elétricos chineses importados para a Europa, especialmente agora que a sua expansão é particularmente agressiva.
A China tornou-se um protagonista absoluto no setor de carros elétricos, com volumes de vendas maiores do que em qualquer outro país do mundo, incluindo a Noruega. São líderes na produção de baterias e apenas a Tesla consegue competir entre os modelos mais vendidos. A China tem controlado os preços, mas recentemente tornou-se mais rigorosa, alterando o panorama do mercado.
A BYD, uma empresa chinesa de veículos de “nova energia”, tem quebrado recordes e está em ascensão. O seu fundador, Wang Chuanfu, já rivaliza com Elon Musk na liderança do setor e a empresa conseguiu vender mais carros elétricos do que a Tesla no último trimestre de 2023.
Em janeiro de 2023, Musk já tinha previsto que a China iria dominar o mercado de carros elétricos. Na altura, afirmou que na China “trabalham mais arduamente e de forma mais inteligente do que qualquer outra pessoa” e que “provavelmente alguma empresa que saia da China será a segunda após a Tesla” no setor de carros elétricos.
A sua competitividade, combinada com o apoio do governo na forma de subsídios, torna-os uma força a ser considerada. No entanto, é importante que haja uma concorrência justa no mercado global, o que pode exigir a intervenção de entidades como a União Europeia. Ainda assim, a ascensão da China neste setor é um sinal claro de que o futuro dos carros elétricos é brilhante e está aqui para ficar.
Fonte: Cnbc