Bastonário defende greve de médicos a 11 e 12 de julho

greve médicosEm defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos utentes, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva apelou hoje a uma greve dos médicos a realizar-se a 11 e 12 de julho.

O bastonário da Ordem dos Médicos alertou ontem para a necessidade de uma greve por parte dos médicos. Em declarações à Lusa, e citadas no TVI.24, José Manuel Silva afirma que “Não podemos continuar a aceitar que o Ministério da Saúde seja mais um Ministério das Finanças na Saúde do que um Ministério da Saúde no Governo. Isso não é aceitável, porque são os doentes que vão sofrer as consequências” defendendo também a “suspensão do concurso de dois milhões e meio de horas pelo mais baixo preço” principalmente “quando estavam a decorrer negociações com o sindicato e se estava a discutir a grelha salarial das 40 horas, que iria reduzir a horas extraordinárias”.

José Manuel Silva diz ainda que “Temos de ser todos mais exigentes e muito mais interventivos relativamente às medidas que estão a ser tomadas pelo Governo e que estão a pôr em causa o SNS. Está nas nossas mãos”, referindo-se aos médicos e ao pedido de participação destes profissionais numa greve de dois dias. O bastonário defende que a greve pode ser essencial e importante para os doentes e que deve rondar os 100% de adesão.

Nas suas declarações adianta ainda que as medidas tomadas pelo Governo “põem em causa todo o SNS”. “Pelos doentes, temos a obrigação de manifestar com muita determinação a nossa revolta. Os doentes continuam a existir e têm de ser tratados. Quando são mal tratados, é mais despesa que se gera”, concluiu.

José Manuel Silva defende que os utentes irão entender os motivos da greve pois “mais do que qualquer outro setor do país, são eles que estão a sofrer as consequências dos cortes no SNS”. Existe ainda a hipótese de desconvocação da greve caso haja “abertura ao diálogo por parte do Ministério da Saúde” assim como o “reconhecimento de que é necessário infletir algumas das medidas que estão a ser tomadas na área da saúde» e que «estão claramente a prejudicar os doentes”.

5 COMENTÁRIOS

  1. A OM não deve apoiar ou incitar greves esse é papel sindical, a OM deve sim zelar pela melhor qualidade da Medicina e dos médicos e para isso devia explicar ao público as consequências do desmantelamento das carreiras medicas públicas na aprendizagem e na qualidade dos médicos,os defensores da medicina privada “esq

  2. “esquecem-se” sempre que os privados não ensinam e vão “sacar” ao sistema público os melhores e mais experientes q foram formados pelo erário público é sobre este tema q gostaria de ver a OM falar e os privados também.

  3. Serão estes, subitamente preocupados, os que regularmente se encontram em congressos no estrangeiro, pagos pelas farmacêuticas, bem como aqueles que passam baixas a granel ???
    Era só para saber…

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