“Ato terrorista e criminoso” à Vodafone cumpriu o objetivo: Tudo o que já sabemos!

A Vodafone Portugal teve uma conferência de imprensa ao início da tarde para dar mais explicações sobre o ataque informativo que sofreu pela 21h do dia de fevereiro, ontem à noite. A partir dessa hora, os clientes Vodafone começaram a reportar que não tinham acesso aos serviços, como chamadas, SMS, rede móvel e televisão, sendo que a internet fixa manteve-se operacional, pelo menos para grande parte das pessoas.

Mario Vaz, CEO da Vodafone Portugal, afirmou que a empresa foi alvo de um “ciberataque deliberado e malicioso com o objetivo de causar danos e perturbações” na noite de segunda-feira, sendo que os quatro milhões de clientes foram afetados, apelidando o ataque de “terrorista e criminoso”.

Segundo Mário Vaz, “Cerca das 21:00 sofremos uma interrupção abrupta de uma quase totalidade dos nossos serviços de telecomunicações. Ficámos sem redes e sem hipóteses de contacto com os nossos clientes. Colocámos de imediato em ação o nosso gabinete de crise. Recuperámos o serviço de voz cerca das 22:00. Recuperámos os dados 3G já perto da meia-noite. Recuperámos esta manhã o serviço de SMS ponto a ponto. Recuperámos também de uma forma expressiva os clientes de televisão. Não tivémos indisponibilidade do serviço de internet fixa. Detetámos que a mesma tinha origem num ato terrorista e criminoso à nossa rede”

Serviços Vodafone foram afetados

A Vodafone já indicou que as chamadas, SMS, rede móvel e televisão foram afetadas por este ataque, que impossibilitou muitos clientes de utilizarem estes serviços, mas não foi apenas os consumidores que foram afetados.

Bombeiros, Correios e até o INEM também foram afetados por este ataque informático, já que utilizam os serviços da Vodafone para as comunicações. Apesar dos constrangimentos que o INEM afirma que sentiu, foi ativado o plano de contingência, que levou a que a empresa utilizasse a rede SIRESP e sistemas redundantes de que dispõe em termos de telecomunicações móveis, garantindo, assim, o seu funcionamento. O mesmo aconteceu com os Bombeiros.

Outra empresa afetada foi a rede Multibanco, já que a SIBS também é cliente e utilizadora da rede móvel da Vodafone. Neste caso, apenas meia noite é que a rede voltou ao funcionamento normal, após a Vodafone ter restabelecido a rede 3G, a primeira que ficou totalmente reposta pela empresa.

O que falta recuperar?

Segundo Mário Vaz, o “serviço de voz foi o primeiro serviço que recuperámos. A prioridade número dois foi recuperar um serviço mínimo de dados móveis da rede 3G. Recuperámos esta manhã o serviço de SMS, clientes de televisão e Internet fixa.”

A Vodafone ainda refere que a recuperação da “recuperação da totalidade dos serviços é um trabalho moroso e tem de respeitar uma sequência. Tem sido feito um esforço para o conseguirmos fazer durante a hora de almoço ou no início da tarde”, o que significa que a Vodafone espera que até ao final do dia de hoje, conte em ter o 4G reposto, sendo que espera que seja reposto o mais rápido possível.

Quem fez o ataque?

Obviamente que todos nos lembramos do recente ataque à Impresa, que levou a que todos os conteúdos do site SIC e Expresso tenham sido apagados, bem como outros da empresa. Rapidamente o ataque foi reclamado, no entanto ainda não aconteceu com este.

Ainda nenhum grupo de hackers reclamou o ataque, sendo que a Vodafone apenas referiu que não recebeu nenhum pedido de resgate, com as autoridades já ao corrente da situação. A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ já está a investigar, bem como a ANACOM também já teve conhecimento.

Então e os meus dados de cliente foram expostos?

A Vodafone afirma que, até ao momento, não têm nenhum prova que quaisquer dados pessoais tenham sido expostos, até porque, como refere Mário Vaz durante a conferência de imprensa, o ataque perpetuado teve como objetivo a rede de comunicações, com o objetivo de causar danos e perturbações à empresa e aos seus clientes.

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