Xbox, PS5 e a crise climática

Com as novas consolas, os jogos na nuvem, e a RV no horizonte, os videojogos podem ter um impacto maior que nunca no meio ambiente.

Cleópatra não se preparou nem preparou o seu império para ser engolido pelo oceano. A esfinge, um ícone do seu reino, “afogou-se” na água. A Rainha do Egipto a única coisa que pode fazer foi assistir ao afogamento das suas grandes cidades. Viu as terras outrora pastos agrícolas, agora a serem fundos marinhos e os seus cidadãos a ser varridos pela hostil e crescente maré. O famoso porto de Nekhen afundou-se como se de um submarino ferido se tratasse.

Fonte: Cnet

Acredite-se ou não, as mudanças climáticas tinham chegado ao Egipto no ano de 2140 AD.

Este foi o cenário que foi desenrolado, por sua vez, na Civilization VI, um videojogo de estratégia que foi lançado em 2016. Na sua ultima expansão, Gathering Storm, foi acrescentado os efeitos das mudanças climáticas ao titulo como um sistema de jogo que os jogadores passariam a ter de enfrentar. No jogo como Cleópatra podemos levar o Egipto da Idade da Pedra até à Idade do Espaço, contudo, as alterações climatéricas arruinaram os portos costeiros e derrubaram as rotas intercontinentais.

Isto é uma forma de se dizer que a indústria dos videojogos que as mudanças climatericas é algo que não podem escapar, mas esta industria tem sido lenta a tomar medidas definitivas para enfrentar esta realidade. Isto porque uma coisa é descrever os efeitos das mudanças climáticas nos jogos, outro bem diferente é descrever os impactos ambientais para os desenvolvedores, fabricantes, editoras e as maiores empresas de videojogos do mundo.

Contudo, há uma percepção arrepiante de que os videojogos têm vindo a contribuir para a degradação do nosso planeta e meio ambiente, e que nos últimos meses os desenvolvedores têm feito movimentos pró-activos. Como por exemplo, Playing for the Panet, que é uma iniciativa que pede aos principais actores da industria para lidar com as mudanças climáticas, foi anunciada pela fundação ambiental norueguesa GRID-Arendal no Climate Action Summit. Os pesos pesados da industria, como a Sony, Microsoft e Google comprometeram-se assim a darem o seu apoio.

Uma coisa é certa: O nosso planeta azul está a ficar cada vez mais quente. E a próxima década, em especial, promete ser transformadora não só para o planeta como também para as industria dos videojogos.

Fonte: CNet

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