UE abre investigação a Microsoft sobre Bundle do Teams

A Comissão Europeia abriu uma investigação de antitruste contra a Microsoft acerca do seu bundling do Teams com a sua suite de produtividade Office. O objeto da investigação é averiguar se a Microsoft violou as regras de competição da UE ao vincular ou agregar Teams às suas suites de produtividade.

A investigação foi motivada por uma denúncia apresentada pela Slack, que alegou “vinculação ilegal” do Teams ao Office e bloqueio da sua remoção. A Microsoft ofereceu uma concessão à UE para deixar de vincular o Teams ao Office, mas isso não foi suficiente para evitar uma investigação oficial de antitruste.

“Ferramentas remotas de comunicação e colaboração como o Teams tornaram-se indispensáveis ​​para muitas empresas na Europa”, explica Margrethe Vestager, vice-presidente executiva responsável pela política de concorrência da Comissão Europeia. “Devemos, portanto, garantir que os mercados para esses produtos permaneçam competitivos e as empresas tenham liberdade para escolher os produtos que melhor atendem às suas necessidades. É por isso que estamos a investigar se a vinculação dos seus pacotes de produtividade com o Teams pela Microsoft pode estar a violar as regras de concorrência da UE ou não”.

A Microsoft respondeu à reclamação da UE. “Respeitamos o trabalho da Comissão Europeia neste caso e levamos as nossas próprias responsabilidades muito a sério”, disse Robin Koch, porta-voz da Microsoft, em comunicado. “Continuaremos a cooperar com a Comissão e continuaremos comprometidos em encontrar soluções que atendam às suas preocupações.”

A investigação pode impactar a forma como as ferramentas de comunicação e colaboração a distância, como o Teams, são usadas pelas empresas na Europa. A Microsoft tem sido bastante agressiva com a sua estratégia de bundling de software, que tem sido uma das formas de manter os seus clientes fiéis e leais a plataforma.

A reclamação original de Slack alegou que a Microsoft “vinculou ilegalmente” o seu produto Microsoft Teams ao Office e está a “forçar a instalação por milhões, bloqueando a sua remoção e ocultando o verdadeiro custo para os clientes corporativos”.

Esta é a primeira vez que a Microsoft enfrenta uma investigação antitruste na UE em quase 15 anos, após dois grandes casos relacionados ao agrupamento do Windows Media Player e do Internet Explorer. Em 2004, a Comissão Europeia ordenou que a Microsoft oferecesse uma versão do Windows sem o Media Player integrado. Isto resultou numa versão do Windows XP N disponível nos mercados da UE.

A Microsoft também foi forçada a implementar uma urna de navegador no seu sistema operativo Windows para garantir que os utilizadores tivessem uma escolha de navegadores da web. A Microsoft acabou pro ser multada na altura em US$ 730 milhões por não incluir a cédula do navegador no Windows 7 SP1.

Será sem duvida um bom tema para acompanhar e agora resta-nos aguardar qual o desfecho final desta investigação que sem duvida ainda irá fazer correr muita agua no moinho.

Fonte: Reuters

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