Cada vez é mais comum as redes sociais roubarem funcionalidades da concorrência e adaptarem ao seu próprio serviço. O instagram, por exemplo roubou as “stories” do Snapchat e integrou-a na sua plataforma, facto admitido pelo seu próprio fundador. Agora temos o TikTok, que parece querer expandir ao máximo a sua audiência adotando um serviço de streaming semelhante ao da Twitch.
A implementação desta funcionalidade poderá fazer com que o TikTok alcance um número muito mais vasto e diversificado de utilizadores, que originalmente poderiam não ter grande interesse no seu formato principal, que consiste em vídeos curtos.
Da mesma forma que o Instagram roubou muita da atenção que estava a ser dada ao Snapchat, oferecendo um serviço quase idêntico, e em alguns aspetos possivelmente superior, o TikTok parece querer apostar na oportunidade de roubar alguns utilizadores à Twitch, o que poderá mesmo acontecer caso a funcionalidade seja bem implementada.
A intenção de roubar a audiência da Twitch torna-se ainda mais evidente se levarmos em conta as informações avançadas pela Bloomberg, que afirmam que o TikTok tem estado a recrutar funcionários da Twitch para trabalhar na sua nova funcionalidade, o que deixa bem claras as intenções da tecnológica chinesa.
De acordo com as informações avançadas pela mesma fonte, o TikTok tem planos para dividir as receitas resultantes deste novo serviço com os seus criadores. No entanto, esta não representaria necessariamente uma grande vantagem face à Twitch, na qual os criadores recebem 70% das receitas, o que é consideravelmente mais apelativo do que os 50% que o TikTok quer sugerir.
Para os criadores a vantagem poderá estar mesmo na introdução de uma nova plataforma onde poderão participar de forma semelhante à da Twitch, o que será bom para quem, por alguma razão, não queira ou não possa trabalhar com a mesma. Neste aspeto, podemos dizer que competição é, quase sempre, um ponto positivo, uma vez que implica maior diversidade de opções, tanto para criadores quanto para os seguidores de streamers.
Fonte: Bloomberg
