Uma das maiores editoras discográficas do mundo, a Universal Music Group (UMG), vai retirar as suas músicas da rede social TikTok. A notícia está na CNBC que explica a decisão devido a desacordos sobre um novo contrato com a empresa chinesa. O atual contrato atingiu a data de expiração.
A Universal acusou a empresa tecnológica chinesa, sediada em Xangai, de utilizar táticas de intimidação para a forçar a aceitar um contrato “menos justo e menos valioso” do que o existente, sendo que a Universal recusou pagar menos aos artistas por reproduções e utilização das canções do que as outras plataformas de redes sociais.
A UMG acusa, ainda, a rede social de não proteger os artistas “da proliferação” de conteúdos gerados por inteligência artificial e da violação de direitos de autor. “A TikTok está a tentar construir um negócio baseado na música, sem pagar o seu valor justo”, diz a Universal, em nota enviada à imprensa internacional e citada na notícia.
A UMG acrescentou que está preocupada com o crescimento das ferramentas de inteligência artificial usadas nos vídeos do TikTok e os seus efeitos sobre a propriedade intelectual, ao mesmo tempo que reclama da quantidade de conteúdo que comete violação de direitos autorais, bem como “uma onda gigantesca de discurso de ódio, intolerância, intimidação e assédio”.
Por seu lado, a TikTok mostrou-se dececionada com aquilo a que chama de “declarações falsas” e lamenta que a Universal Music Group tenha “colocado a sua ganância à frente dos interesses dos seus artistas”, indicou em comunicado. A empresa tinha um acordo de licenciamento musical com o Warner Music Group desde o início de 2023.
Propriedade da empresa chinesa ByteDance, a TikTok é uma das redes sociais mais populares do mundo, com mais de mil milhões de utilizadores. Apesar disso, a TikTok representa apenas cerca de 1% do volume de negócios total da Universal, indicou a UMG.
As principais editoras discográficas recebem direitos das plataformas de streaming e das redes sociais.
