Depois de em agosto ter anunciado o abandono do cargo de CEO da Microsoft, Steve Ballmer explica agora, num entrevista ao The Wall Street Journal, as verdadeiras razões que motivaram a sua saída, sendo que a principal foi a pressão exercida pelo conselho de administração para acelerar a reestruturação da empresa.
No artigo do jornal norte-americano, Ballmer frisa que a saída foi voluntária mas motivada por pressões internas para acelerar a transformação da Microsoft numa empresa de dispositivos e serviços. O antigo CEO refere que tomou consciência que as suas próprias ideias estavam a atrasar a transição e que era preciso “quebrar padrões”, sendo que ele próprio era um “padrão a quebrar”. “Talvez eu seja a imagem de marca de uma era passada. Por mais que goste daquilo que faço, a melhor maneira da Microsoft entrar numa nova era é um novo líder que vai acelerar a mudança“, acrescenta Steve Ballmer que esteve 14 anos no cargo.
Sobre o seu próprio futuro, Steve Ballmer está a equacionar algumas opções, entre as quais, dar continuidade a uma carreira de 33 anos na Microsoft ou ser professor universitário.
Enquanto isso, Ballmer continua aos comandos da multinacional até à nomeação do seu sucessor, fazendo parte do comité que irá escolher o seu substituto. Cinco nomes disputam o lugar, mas as apostas recaiem sobretudo no diretor de operações Kevin Turner que deverá assumir o cargo durante os próximos três anos. No fim desse período será substituído por Stephen Elop, ex-líder da Nokia, comprada recentemente pela Microsoft.