Segunda grande crise da Nokia resulta numa demissĂŁo massiva: 14 mil trabalhadores

O cenário económico atual, marcado por uma previsível recessão e inflação elevada, está a levar as principais empresas de tecnologia a reajustar as suas previsões de crescimento e a tomar medidas para reduzir os custos. Uma das estratégias mais comuns é a redução do tamanho da empresa, o que muitas vezes se traduz em despedimentos.

Um exemplo recente é o da Nokia. A empresa finlandesa anunciou que irá dispensar cerca de 14.000 funcionários devido à queda nos seus lucros. Esta é a segunda grande crise da Nokia, depois do seu declínio na indústria de telefonia móvel. A empresa pretende reduzir o número de funcionários de 86.000 para 72.000, com o objetivo de economizar entre 800 e 1.200 milhões de euros até o final de 2026.

Os efeitos dos despedimentos serão sentidos a curto e médio prazo, com uma redução de 400 milhões de euros em gastos em 2024 e outros 300 milhões de euros em 2025. Além disso, a empresa espera economizar em custos de redes móveis, serviços de rede e na nuvem.

No entanto, a Nokia destaca que o número de despedimentos não é definitivo e poderá ser ajustado em função da evolução da inflação e da resposta do mercado. A empresa também apresentou resultados financeiros desanimadores, devido à queda na procura após a estabilização das vendas após a implementação das redes 5G.

A Nokia não é a única empresa a tomar esta decisão. Outras grandes empresas de tecnologia, como a LinkedIn e a Google, também anunciaram despedimentos recentemente. Segundo dados do portal Layoff.fyi, os setores mais afetados por novas rodadas de despedimentos em 2023 são distribuição e vendas, consumo e hardware.

Após dois trimestres de queda no número de despedimentos, a tendência parece estar a reverter, com um aumento no número de funcionários despedidos devido à incerteza económica que obriga as empresas a conter os gastos.

Embora estas medidas possam ser necessárias para a sobrevivência das empresas a curto prazo, é importante considerar o impacto a longo prazo na economia e na vida dos trabalhadores afetados. Na minha opinião, é crucial que as empresas também explorem outras estratégias para lidar com a recessão e a inflação, além dos despedimentos.

Fonte: Nokia

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