Depois da enorme onda de despedimentos que marcou a reta final de 2022 nas gigantes tecnológicas, na Meta, por exemplo, há vários departamentos parados a aguardar a reestruturação interna.
Mark Zuckerberg admitiu que sobrevalorizou o crescimento do comércio online e, por isso, viu-se obrigado a cortar postos de trabalho.
Os processos de reorganização internos estão a afetar a produtividade das equipas, sendo que os funcionários se queixam da falta de clareza em relação aos orçamentos, mas também em relação à composição das equipas.
Em termos práticos, projetos e decisões que, normalmente, demorariam dias a resolver, estão a demorar meses. Como consequência, algumas dos trabalhadores estão de braços cruzados, sem trabalho, porque os seus superiores não conseguem fazer planeamentos. “Sinceramente, é uma confusão. O ano da eficiência está a começar com um grupo de pessoas a serem pagas para fazerem nada”, disse um funcionário citado pelo mesmo jornal que confirmou que há funcionários a receberem pelo “zero work”.
Só desde o início de janeiro estima-se que mais de 101 mil funcionários de 340 empresas do setor tecnológico tenham sido afetados por vagas de despedimentos. Para março, a Meta prevê levar a cabo uma nova vaga de despedimentos.
Esta semana um dos despedimentos mais notados foi o de Marne Levine, que desempenhava funções de Business Officer na Meta e que esteve na empresa nos últimos 13 anos. Levine ocupava o presente cargo desde 2021, e agora estas funções passam a ser divididas entre Nicola Mendelsohn e Justin Osofsky, segundo a Meta. O Business Officer tem a responsabilidade de gerir as parcerias com outras empresas e anunciantes.
Tendo em conta que os resultados apresentados a 1 de fevereiro não foram propriamente otimistas, é ainda expectável que o número de funcionários dispensados pela Meta aumente nos próximos tempos. O estado de espírito dentro da empresa também já reflete a situação económica da mesma, com muitos trabalhadores a prepararem-se para o despedimento (e a procurarem alternativas) mesmo antes de serem notificados.
Fonte: Finantial Times
