Naquele que será um dos anúncios mais inesperados do ano, a Microsoft anunciou a compra da unidade da Nokia dedicada à criação e produção de smartphones e telemóveis. A informação foi revelada esta segunda-feira à noite e o acordo valerá cerca de 7,2 mil milhões de dólares, aproximadamente 5,44 mil milhões de euros.
O negócio, que só irá ficar concluído no início de 2014, fez com as ações da firma finlandesa disparassem 48 por cento esta terça-feira, batendo alguns recordes, de acordo com a Bloomberg. Já as ações da Microsoft caíram um por cento.
A Microsoft irá adquirir a unidade da empresa que tem sido uma verdadeira líder nos últimos anos e se destacou após a criação da linha Lumia, que corre o sistema operativo Windows Phone, da Microsoft. A empresa norte-americana vai pagar cinco mil milhões de dólares pela unidade de Equipamentos e Serviços e mais 2,2 mil milhões para alterar as patentes da Nokia.
O acordo vem no seguimento de uma colaboração estreita que começou em fevereiro de 2011, sobretudo numa tentativa de combater o crescente poder da Apple e da Samsung no mercado. Para alguém que se vai reformar dentro de um ano, o CEO da Microsoft, Steve Balmer, conseguiu surpreender muita gente.
Ao comprar esta unidade da Nokia, a Microsoft mostra que não estava a brincar quando decidiu entrar no mercado dos equipamentos móveis. O negócio é o segundo maior alguma vez feito pela empresa norte-americana, que comprou o Skype em maio de 2011 por 9,3 mil milhões de dólares.
Numa carta conjunta, Steve Ballmer e o chefe da Nokia, Stephen Elop, dizem que “a Nokia e a Microsoft sempre sonharam em grande. Sonhámos que havia um computador em cada secretária, um telemóvel em cada bolso e percorremos um longo caminho até realizarmos esses sonhos. O dia de hoje marca um momento de reinvenção”.
Elop vai agora tornar-se vice presidente executivo da nova unidade adquirida pela Microsoft. Já a Nokia segue o plano delineado: vai focar-se no desenvolvimento de software e tecnologia wireless.
