Aplicação de telemóvel para rastreio rápido e anónimo de contágio por COVID-19

Uma equipa de investigadores, coordenada pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), com o apoio do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), desenvolveu uma aplicação móvel para rastreio rápido e anónimo das redes de contágio por COVID-19 em Portugal.

Segundo nota enviada à imprensa, a app STAYAWAY deteta a proximidade física entre smartphones e informa os utilizadores que estiveram no mesmo espaço de alguém infetado nos últimos 14 dias com o novo coronavírus.

“Esta é uma plataforma de uso voluntário que informa os utilizadores de uma ocasião de proximidade, ocorrida nos últimos 14 dias, com alguém confirmado como infetado. É um método que poderá estender e acelerar, preservando o anonimato dos envolvidos, a identificação das cadeias de transmissão que as autoridades de saúde realizam desde o início da pandemia”, afirma José Manuel Mendonça, Presidente do Conselho de Administração do INESC TEC e professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Estima-se que a aplicação possa ser disponibilizada no final deste mês, para Android e iOS. O utilizador apenas tem de a instalar, não sendo necessário, para o efeito, partilhar qualquer tipo de informação pessoal.

Cada telemóvel difunde na sua proximidade identificadores anónimos e armazena localmente os identificadores difundidos pelos telemóveis com quem se cruze. Ainda que absolutamente desprovida de uma relação com os telemóveis que a gerou e, consequentemente, com os utilizadores desses telemóveis, esta informação permitirá ao próprio detetar a sua proximidade com uma pessoa infetada.

Uma pessoa confirmada como infetada com COVID-19 poderá publicar online, com a legitimação das autoridades de saúde, os seus identificadores anónimos que partilhou nos últimos 14 dias. Com esta informação pública, a aplicação de cada pessoa pode facilmente avaliar, de forma voluntária e não intrusiva, autonomamente se nos dias anteriores esteve próximo da pessoa infetada.

A aplicação cumpre as legislações europeia e nacional de proteção de dados.

A app está a ser desenvolvida pelo INESC TEC e pelo ISPUP, com a colaboração dos Laboratórios Associados IT, INESC ID e LarSys e conta com o apoio do Minho Advanced Computing Center (MACC), do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) e da iniciativa Nacional em Competências Digitais e.2030 (Portugal INCoDe.2030).

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