Proença diz que arbitragem portuguesa ficou “limpa”

pedro proença em entrevistaEm entrevista à SIC, Pedro Proença falou da arbitragem portuguesa, da sua prestação no Euro e do caso Apito Dourado. O árbitro lisboeta diz que o processo marcou a uma geração de arbitragem e que é necessária a profissionalização da classe.

Entrevistado por Clara de Sousa, Pedro Proença afirmou que a arbitragem portuguesa ficou “limpa” junto da UEFA devido à presença de uma equipa portuguesa na final da Liga dos Campeões e do Campeonato Europeu. A presença de uma equipa de arbitragem nacional nas duas maiores finais europeias foi um marco positivo na arbitragem nacional.

Quanto ao caso do Apito Dourado, Pedro Proença disse: “Sou da geração do Apito Dourado. O tempo passa, mas as marcas ficam. Mas é bom que em tão pouco tempo tenhamos tido a oportunidade de limpar a nossa imagem com estas duas chamada”. Mesmo tendo apitado estas duas finais, Pedro Proença foi duramente criticado ao longo do último campeonato nacional. O árbitro chegou a ser agredido por um alegado adepto do Benfica num centro comercial.

Pedro Proença adiantou que a chamada para as duas finais não foram uma forma de responder aos críticos: “Não procuro dar respostas. Estou sujeito ao escrutínio, cometo erros e sou o que mais sofre com os meus próprios erros. Tenho cometido muitos, e não só com o FC Porto, o Benfica ou o Sporting, como também com clubes de menor exposição. Sei que o desgaste vai aumentando e que, como o tempo, vão gostar cada vez menos de mim. Este reconhecimento é um sinónimo de que as coisas se calhar não estão assim tão mal”. O árbitro reconheceu ainda que a sua prestação no encontro entre o Benfica e o FCPorto não foi das melhores: “Tento ser um melhor árbitro. Não gosto de errar, mas também o faço. Neste desporto nem sempre os dirigentes aceitam as nossas prestações”.

Proença referiu ainda que a profissionalização da classe é fundamental para o aumento da qualidade das arbitragens: “Eu, por exemplo, trabalho durante 8 horas, e depois dedico uma hora e meia ao futebol, quando poderia pensar a tempo inteiro no futebol. Tenho o meu emprego e até perco dinheiro com a arbitragem, mas acho que a profissionalização é o único caminho”, concluiu na entrevista.

Já na sua chegada a Portugal, ontem, Pedro Proença tinha aproveitado para defender a profissionalização da classe e para a importância das duas finais para a sua carreira e para a arbitragem nacional.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui