Esta quinta-feira foi aprovada uma proposta legislativa da responsabilidade de senadores republicanos que querem impedir que lojas de aplicações dos Estados Unidos, incluindo Apple e Google, hospedem aplicações que permitem que pagamentos sejam feitos com a moeda digital da China.
Esta notícia é justificada com o receio de que os dados pessoais dos utilizadores podem vir a ficar expostos ao yuan digital
Desta forma, de acordo com a Reuters, as diferentes lojas de aplicações “não devem divulgar ou acolher qualquer aplicação nas suas app stores dos Estados Unidos, que suporte ou permita transações com o e-CNY”.
De acordo cm o escritório de Tom Cotton, um dos senadores republicanos que assinam a proposta o yuan digital pode fornecer ao governo chinês “visibilidade em tempo real de todas as transações na rede, apresentando preocupações de privacidade e segurança para os americanos que ingressarem nessa rede”.
O Center for a New American Security, um think tank com sede em Washington, DC, disse num relatório de janeiro de 2021 que a moeda digital e o sistema de pagamentos eletrônicos da China seriam “uma mais-valia para as operações de vigilância do Partido Comuista Chinês na economia e para a interferência do governo na vida dos cidadãos chineses”.
A medida ocorre depois de o WeChat, uma aplicação de mensagens e pagamentos de propriedade da chinesa Tencent com mais de 1,2 bilhão de utilizadores, ter anunciado que iria começar a oferecer suporte à moeda no início deste ano. Alipay, a aplicação de pagamentos extremamente popular de propriedade do Ant Group de Jack Ma, também aceita a moeda digital. Ambas as aplicações estão disponíveis nas lojas Apple e Google App.
A Embaixada da China em Washington chamou a legislação de “outro exemplo de intimidação de empresas estrangeiras, por parte dos Estados Unidos”.
Recorde-se que a China é um dos países mais avançados na adoção de moeda digital oficial.
Fonte: Reuters
