Microsoft pode separar o Teams do Office

A Microsoft vai deixar de forçar os clientes do Office a também terem a aplicação de videoconferência e mensagens Teams instalada automaticamente nos seus dispositivos.

A medida pode servir para impedir uma investigação antitrust oficial pelos reguladores da União Europeia. A gigante da tecnologia estará a fazer esta separação para evitar uma investigação formal, o que fará algum sentido depois de, há três anos, o Slack, propriedade do Salesforce, ter alegado que a prática da Microsoft de agrupar os dois serviços era anticompetitiva.

Em 2008, a Comissão Europeia acusou a Microsoft de alavancar a sua posição dominante para forçar os utilizadores a descarregarem o seu navegador Internet Explorer, agregando-o ao Windows e prejudicando a concorrência. A empresa tentou fazer um acordo com a Comissão, mas não evitou uma multa em 2013 de 560 milhões de euros. Na altura, David Schellhase, conselheiro geral do Slack, dizia que o que a empresa pretendia era que a União Europeia fosse “um árbitro neutro, examinasse os factos e fizesse cumprir a lei”.

A reclamação do Slack surgiu quando começaram a aumentar os casos de teletrabalho. Aplicações como o Teams e o Slack tiveram um crescimento exponencial durante o pico da pandemia de coronavírus, criando uma oportunidade multimilionária, à medida que cada vez mais pessoas e empresas começaram a adotar ferramentas que permitem o trabalho remoto.

De agora em diante, quando as empresas comprarem o Office, poderão fazê-lo com ou sem o Teams se quiserem, mas ainda não está claro como vai ser feita esta solicitação, até porque ainda está a decorrer o processo de negociação com todos os envolvidos.

Ainda não está claro se a oferta da gigante da tecnologia em relação ao Teams será suficiente para apaziguar as preocupações dos reguladores. O Slack, que já foi adquirido pela Salesforce, pediu às autoridades da UE que forçassem a Microsoft a vender o Teams em separado do Office.

Fonte: Financial Times

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