Cientistas das universidades de Linköping, na Suécia, e Okayama, no Japão estão a desenvolveu um material, que actualmente está em fase de testes, que visa ajudar no processo de recuperação aquando de uma frractura de um osso partido.
Sabemos que as fraturas ósseas complexas podem ser difíceis de tratar, às vezes exigindo que o osso lesionado seja removido e substituído por um osso de outras partes do corpo. Graças a um novo material experimental, sob a forma de um filamento de hidrogel, que é aplicado com a ajuda de microbots que se injetam no paciente, a reconstrução óssea poderá vir a ser uma processo mais fácil no futuro.
Os cientistas indicam que um lado desse material feito à base de gel é coberto com um polímero eletroativo chamado polipirrol (PPy), enquanto o outro contém biomoléculas conhecidas como nanofragmentos de membrana plasmática derivados de células (PMNFs).
Depois de aplicado o material no local da fractura, este acaba por ficar mais rijo com o tempo, pelo que é necessário aplicar uma corrente de baixa voltagem. O material pode ter vários padrões e pode vir a ser dobrado.
Espera-se que, no futuro, minúsculos “microbots” feitos do material possam ser injetados em fraturas ósseas complexas, feitos para expandir e preencher os déficits ósseos através da aplicação de uma corrente elétrica. A partir desse momento os ossos endureceriam nos locais onde há défice de osso.
Ao colocar a corrente elétrica, e com o aumento do volume, dá-se o processo de mineralização e endurecimento do tecido devido ao papel ativo das biomoléculas, fazendo parecer que se trata de um osso natural.
Nesta primeira fase de testes, os investigadores revelaram que conseguiram curar, completamente, um osso fraturado de uma galinha com este novo material, que foi enrolada à volta do local onde o osso foi partido. Com o tempo assistiu-se a uma fundição do osso artificial com o real.
A pesquisa está a ser liderada por Edwin Jager, Danfeng Cao, Emilio Satoshi Hara e Jose Martinez.
