Na quarta-feira, cerca de seis horas antes da missão Crew-3 da NASA ser lançada em órbita, a Estação Espacial Internacional foi forçada a fazer uma manobra de emergência para conseguir evitar que um fragmento de satélite meteorológico chinês.
De acordo com a agência espacial russa, o detrito iria passar a cerca de 600 metros da Estação Espacial Internacional, na quinta-feira, 11 de novembro, aproximadamente às 20h00 (sexta-feira, 12 de novembro às 4h00, horário de Moscou) Os responsáveis consideraram esta distância demasiado curta e sentiram uma ameaça iminente, pelo que optaram por fazer um desvio.
“A probabilidade de impacto e risco para a Estação são muito baixos (…). A manobra está predefinida e não necessita de qualquer ação especial por parte da tripulação”, anunciou um porta-voz da NASA, ao site Gizmodo.
Oficiais da NASA anunciaram que, apesar deste imprevisto, não irá afectar o lançamento do do SpaceX Crew-3, que decolou ontem do Centro Espacial Kennedy na Flórida. Nesta missão irão estar a bordo três astronautas da NASA e um da ESA.
O destroço do satélite chinês, denominado Fengyun-1C foi lançado em 2007, e foi colocado no espaço no seguimento de um teste de míssil anti-satélite. Na altura conseguiu-se destruir completamente o satélite, mas acabou por ficar um detrito que, está desde então, à deriva no espaço sem dar qualquer sinais de vida, até hoje. A existência deste detrito foi muito criticada em 2007. Muitos foram os especialistas que alertaram para o perigo que poderia representar no futuro.
A Estação Espacial Internacional ( na sigla inglesa ISS) realizou 29 manobras de desvio nos últimos 22 anos, incluindo três em 2020. Antes deste percalço, o último aconteceu a 22 de setembro de 2020, quando o lixo espacial pertencente a um foguete japonês ameaçou passar a 0,86 milhas (1,39 quilômetros) da ISS.
A Estação Espacial Internacional vai ficar a mais 1240 metros de altitude, num total de 421 quilómetros acima da Terra.
