Aos longo dos anos foram muitas as vezes em que o iPhone atuou como um catalisador para as tecnologias que desenvolveu e integrou no interior dos aparelhos, desde a assistente digital Siri, pagamentos móveis ou carregamento sem fios, e ajudou a impulsionar a evolução da maneira como vivemos as nossas vidas móveis.
Contudo, num futuro próximo, os especialistas acreditam que o iPhone vai estar muito mais dependente de outras tecnologias que venham a ser desenvolvidas. Esta perspetiva da CNet baseia-se nas tendências gerais da indústria móvel e na estratégia da Apple.
A curto prazo, todavia, vamos continuar a assistir a melhorias adicionais, como câmaras de maior qualidade e ecrãs gigantes. Mas na próxima década, o iPhone pode evoluir para um hub de óculos inteligentes e outros dispositivos, por exemplo. AirPods, Apple Watch ou os veículos equipados com CarPlay podem ser apenas o início. Os elementos básicos do iPhone, como o seu ecrã e os novos sistemas de carregamento, também devem receber um impulso significativo.
“O próximo fator que vai influenciar a compra de um smartphone é o modo como se vai conectar com outros devices”, acredita Runar Bjørhovde, analista da empresa de pesquisa de mercado Canalys. “Como um dispositivo autónomo, acho que o smartphone está a ficar cada vez mais próximo do limite”, acrescenta.
Mas não se trata apenas de se conectar com novas ferramentas de tecnologia pessoal. A Apple está gradualmente a transformar o iPhone numa alternativa prática para a carteira e com maior influência nos aspetos não digitais das nossas vidas.
A Apple fez muitos progressos nessa área no ano passado, introduzindo novos recursos que transformaram o iPhone num terminal de pagamentos sem contacto para comerciantes sem necessidade de hardware adicional.
“Claramente há um grande impulso nos serviços financeiros com a Apple, e acho que veremos mais progressos nesse sentido”, disse Nick Maynard, chefe de pesquisa da Juniper Research.
