Análise Xiaomi Pad 5: Review a um dos melhores tablets do mercado

Por muito tempo, parecia que a maioria dos fabricantes de Android, exceto a Samsung, havia desistido do formato do tablet na gama de topo, mas isso está a mudar. Já começamos a ver outros tablets com especificações de topo que começam a fazer concorrência à Samsung, e se para encontrar equipamentos similares teríamos de importar dos mercados asiáticos, agora a verdade é que surgiu um concorrente à altura.

Além de trazer um design elegante para o mercado, o Xiaomi Pad 5 quer atrair compradores com sua proposta de qualidade-preço. A Xiaomi afirma que é o dispositivo perfeito para trabalhar e se divertir, graças ao ecrã de 120 Hz, alto-falantes quádruplos, ótimo processador e suporte para caneta/teclado por um preço mais acessível. E na maior parte, a Xiaomi cumpre. E pode aproveitar que a Amazon tem um desconto no Xiaomi Pad 5.

Especificações

  • Armazenamento: 128/256 GB UFS 3.1
  • CPU: Snapdragon 860
  • Memória: 6GB LPDDR4X
  • Sistema operacional: MIUI 12.5, Android 11
  • Bateria: 8.720mAh
  • Portas: USB-C
  • Câmera (traseira, frontal): 13 MP (traseira), 8 MP (frontal)
  • Tela (tamanho, resolução): LCD de 11 polegadas, 120 Hz, 1.600 x 2.560, 500 nits,16:10
  • Tamanho: 254,69 x 166,25 x 6,85 mm, 511g
  • Conectividade: Bluetooth 5.0, Wi-Fi 802.11a / b / g / n / ac,
  • Preço:399€
  • Caneta à parte: 99€

Design, hardware, o que vem na caixa

Em termos de design, o Xiaomi Pad 5 parece um smartphone em ponto grande. A traseira é exatamente igual ao Xiaomi 11, com as normais diferenças de tamanho.

A singular câmera traseira de 13 MP fica em uma saliência que parece ter sido cortada diretamente de um telefone Xiaomi. Por outro lado, a versão branca do tablet oferece um belo efeito de prisma dependendo do seu ângulo de visão, que foi a versão analisada. Tem bordas quadradas, um suporte de caneta de carregamento magnético em um lado e três pinos para um acessório de teclado opcional do outro.  Um tablet agradável de olhar e não parece muito pesado.

De volta ao ecrã, a Xiaomi não hesitou em adicionar alguns recursos de topo a este dispositivo de € 400. O LCD de 2560×1600 atinge uma taxa de atualização até 120 Hz, embora possa selecionar 60 Hz nas configurações se preferir economizar um pouco da bateria e não usufruir desta funcionalidade. Enquanto o ecã fica bastante brilhante quando precisa, o brilho automático geralmente é um pouco conservador.

A Xiaomi também incluiu um modo de cor adaptável opcional que é surpreendentemente discreto depois de ativado, e apesar de não ser OLED, conta com bons níveis de preto e precisão de cores.

A Xiaomi posiciona o tablet tanto para o trabalho quanto para o lazer, e sua configuração de quatro colunas de som deixa claro que ele não está a relaxar para área do entretenimento. Eles são colocados nas laterais mais curtas do tablet, perfeitos para consumo de vídeo. O som é nítido e alto, sendo que assistir filmes e séries é definitivamente mais agradável do que ouvir música.

A Smart Pen de € 100 opcional imita um lápis de verdade da melhor maneira possível, embora seja feita de plástico e venha com uma ponta de toque suave (além de uma ponta de substituição), sendo que conta com dois botões. Na mão, é bem equilibrado e contribui para uma experiência de escrita  no mesmo nível de outras stylus. Para carregar ou armazenar o lápis, pode encaixá-lo magneticamente no lado direito do tablet, o que se for canhoto vai ser uma “dificuldade extra”.

A câmera frontal de 8MP é boa para videochamadas, embora eu prefira que a Xiaomi a coloque no lado longo em vez do lado curto. A câmera traseira de 13 MP funciona bem como um scanner de documentos, mas não pense que é perfeito para as fotografias de família (além de ser estranho utilizar um tablet para isso).

Software, desempenho e bateria

A Xiaomi ajustou o MIUI 12.5 (baseado no Android 11) para se ajustar melhor ao ecrã de maior dimensão. Há uma barra flutuante cheia de seus aplicativos favoritos na parte inferior e um iniciador sem gaveta de aplicativos que, por padrão, coleta todos os aplicativos instalados. A barra flutuante de favoritos não aparece na área dos Recentes, o que tornaria possível tocar e segurar os ícones para iniciar experiências de ecrã dividido e multi-janela sem esforço. Em vez disso, tem que abrir os aplicativos individualmente primeiro e, em seguida, selecioná-los na área Recentes para começar a usá-los em ecrã dividida.

Alguns dos ajustes de software da Xiaomi, como a opção de arrastar notificações para baixo para abrir o aplicativo correspondente numa janela flutuante, fazem muito mais sentido. Sendo que demonstra que o MIUI ainda tem de melhorar algumas otimizações em tablet, já que há falta de aplicaçõe sotimizadas para tablets.

Por exemplo, a Xiaomi usa o Gboard como teclado, mas gostaria que funcionasse melhor ao usar o tablet na horizontal. Os botões do teclado são esticados, portanto a primeira coisa a fazer é ir Às definições do teclado e o próprio utilizar efetuar algumas otimizações.

Independentemente disto, em termos de performance o Pad 5 é bastante bom, como se esperava. Alterar entre aplicações, navegar na web, jogos, streaming e qualquer outra coisa que eu jogue corre bem com a ajuda do Snapdragon 860. Mesmo os 6GB de RAm são suficientes, por agora, sendo que ficaria mais contente se houvesse a opção de 8GB de RAM, pois garantia-me uma maior longevidade do equipamento.

A Smart Pen da Xiaomi completa a experiência de tablet e torna-o mais facilmente numa ferramenta de trabalho, sendo que depende sempre de cada um. Pessoalmente não sou um grande adepto nem utilizador, mas não deixo de ver interesse nos atalhos para a captura de ecrã e criação de notas.

A bateria de 8.720mAh é suficiente para uma utilização normal, que consisa em streaming, leitura e sessões de jogo ocasionais. Como este não é um dispositivo que tenho comigo o dia todo como um telefone, consegui prolongar a vida da bateria para vários dias facilmente. A Xiaomi indica que tem uma duração de 10 horas em jogo e mais de 16 horas em vídeo, portanto deverá aguentar uma utilização diária intensiva.

Veredito: Xiaomi Pad 5

O mercado dos tablets já teve melhores dias e, certamente, muita mais concorrência. Não sei se foram os computadores híbridos que retiraram o fulgor destes equipamentos, mas a verdade é que utilizar um tablet para trabalho ,por exemplo, não chega para a maioria das pessoas. Pode ser um equipamento de apoio, mas não é unicamente de trabalho.

No entanto, quando o comparamos com a concorrência, que é praticamente só a Samsung e a Lenovo no atual momento, tem boas perspectivas, nomeadamente por 400€, já que conta com especificações bastante interessantes. É verdade que a caneta não vem incluído, mas o preço da mesma mostra que se viesse incluído o tablet custaria bem mais e isso colocaria em causa a preferência dos utilizadores. Até porque, quantos de vós é que (realmente) precisam e utilizam uma Smart Pen? Para quem precisa mesmo, pode sempre comprá-la à parte.

A verdade é que o Xiaomi Pad 5 é um excelente equipamento e, mais uma vez, a fabricante chinesa colocasse bem posicionada para oferecer um produto com uma das melhores relações qualidade-preço do mercado. Pode aproveitar que a Amazon tem o Xiaomi Pad 5 por 369€, sendoo que também pode comprar na loja oficial da Xiaomi.

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