Análise de Marvel’s Spider-Man: Miles Morales (PC): o aprendiz segue as pisadas do mestre

Foi neste ano que a PlayStation trouxe para o PC um dos seus maiores sucessos de sempre e que já conta com uma sequela marcada para 2023, com estreia exclusiva na PlayStation 5, e que inspirou muitos a agirem de forma melhor, sendo este o famoso Marvel’s Spider-Man.

Agora, é a vez do aspirante a Spider-Man, o famoso Miles Morales, se juntar ao seu mestre, Peter Parker, numa derradeira luta pela proteção de New York mas, ao invés de numa PlayStation, agora fazê-lo no PC, antes da chegada de Marvel’s Spider-Man 2 no final de 2023, só nas consolas PlayStation 5.

Nesta análise irá ser avaliada a versão de PC do título, que foi jogada num com uma Nvidia GeForce RTX 3070 acompanhado por um i7-11700K e ainda 32GB de memória RAM DDR4 onde iremos classificar entre 0 e 10 valores vários aspetos importantes a considerar do título, sendo estes a narrativa, a jogabilidade, a ambientação, e a qualidade gráfica e desempenho, dando no final o veredito, que tem por base os aspetos já referidos.

Narrativa — o seu único problema é esta terminar (8/10)

A narrativa de Marvel’s Spider-Man: Miles Morales é uma excelente narrativa, que segue as pisadas do título que iniciou esta franquia, o Marvel’s Spider-Man Remastered, sendo o único problema desta a sua duração, que é demasiado curta para o tempo de ecrã que a personagem merecia.

Ao contrário do título de 2018, Marvel’s Spider-Man: Miles Morales introduz-nos a um Miles Morales que ainda está a aprender a ser um Spider-Man, o que é um bom aspeto pois a personagem não é tão popular como o Peter e, ao mesmo tempo, é o que fazia mais sentido após o final de Marvel’s Spider-Man.

Esta narrativa mostra-nos a dura jornada e os desafios que Miles tem pela frente para se tornar num Spider-Man, sendo o maior desafio o de mostrar a Peter que tem capacidade para proteger Nova York sozinho para, um dia, dar continuidade ao legado do original Spider-Man.

Ao mesmo tempo, encontramos um Miles que ainda faz luto pela morte do pai, revelada em Marvel’s Spider-Man, sentido muito a falta dele e não sabendo o que fazer para o agradar, algo que vai influenciar muito a sua jornada, onde terá de proteger Nova York sem Peter Parker ao lado.

 

A narrativa deste título é surpreendentemente fantástica e desenrola-se muito bem, introduzindo-nos todo um novo universo do Spider-Man que muitos não conhecem, sendo o único problema desta a sua duração que, apesar disso, se sente mais longa do que na realidade é, devido a certas missões secundárias que os jogadores são obrigados a fazer, o que para mim degrada um pouco a experiência desta.

Desta forma, resta-me terminar a classificação da narrativa dizendo que é uma das melhores que já experienciei e é bastante fiel às comics do nosso Miles Morales mas, mesmo assim fica atrás da narrativa de Marvel’s Spider-Man, pela duração e pela obrigatoriedade que algumas missões são.

Jogabilidade — mantém-se fiel à franquia (9/10)

Marvel’s Spider-Man: Miles Morales já não é um título propriamente novo e, como tal, já todos conhecem a sua incrível e dinâmica jogabilidade mas, como este agora está presente no PC, temos de avaliar como esta funciona e se desenrola a jogar com um teclado e rato e não de comando como nas consolas PlayStation.

Durante grande parte do título, os jogadores passarão a maior parte do seu tempo a combater inimigos e a explorar a vasta cidade que os rodeiam, seja para desfrutar das suas deslumbrantes vistas ou para salvar aqueles em necessidade.

A jogabilidade de Marvel’s Spider-Man: Miles Morales é bastante complexa, especialmente no que toca ao combate, mas, apesar disso, esta não é muito complicada de perceber ou utilizar, quer seja de teclado e rato ou de comando. Muitos podem achar que usar o teclado e rato para jogar este título pode ser confuso mas não o é, o que é fantástico. O jogo explica todos os controles e habilidades de forma explicita, o que torna a experiência de qualquer um ainda melhor.

Apesar disto, sinto que o título se joga melhor de comando do que de teclado e rato, pelo que isto pode ser um problema para os utilizadores de PC, algo que pode ser melhorado mas, mesmo assim, a transição de comando para teclado e rato está muito bem conseguida e é uma das melhores até agora.

Em termos das animações e movimentações normais, como andar, correr, ou interagir com objetos espalhados pelo mapa, tenho a dizer que toda esta parte da jogabilidade está muito bem concebida, não havendo quaisquer problemas com a mesma, tal como nas versões de consola.

Acerca da animação mais importante, a de viajar pela cidade com teias de aranha, esta é talvez a melhor e mais satisfatória animação presente no título, deixando qualquer um viciado na mesma, o que é simplesmente fantástico e de cortar a respiração.

Da mesma forma, algumas habilidades que tinham de ser desbloqueadas em Marvel’s Spider-Man são agora habilidades base de Miles, o que melhora a experiência do título e torna a jogabilidade mais dinâmica desde o início da mesma.

Ao mesmo tempo, Miles apresenta poderes a mais que Peter, como a in visibilidade e a eletricidade, o que torna a gameplay deste título mais única e não tão repetitiva em relação ao outro título, o que também é um aspeto positivo deste título.

Para concluir esta secção, pode-se dizer que a jogabilidade de Marvel’s Spider-Man: Miles Moralesé de facto muito impressionante para o título, estando bem otimizada para teclado e rato, apesar de que pode ainda melhorar um pouco, pelo que atribuo assim um 9/10 valores a esta categoria.

Ambientação — a neve chegou a Nova York (9/10)

Um dos aspetos que mais me impressionou neste título foi a ambientação do próprio, pela sua grande dinâmica e elevada diversidade que tem e ainda pela grande atenção ao detalhe que a Insomniac Games colocou na cidade que nunca dorme, o que torna toda a experiência ainda melhor.

Durante o título vamos explorar e lutar por uma cidade cheia de vida e com alguns dos edifícios e arquiteturas mais impressionantes do mundo e, tirar alguns momentos para apreciar as mesma só torna toda a experiencia muito melhor, podendo já dizer que toda a cidade é de cortar a respiração.

Para uma ambientação de um título deste estúdio, esta é totalmente nova pois estamos a falar de um estúdio muito focado na franquia Ratchet & Clanck e que, por isso, nunca fez muitos projetos fora disso, ou seja, muitas ambientações fora de cenários espaciais e, por esse motivo, tenho de dar os parabéns ao próprio pelo belíssimo trabalho que fizerem neste título.

Falando em mundo aberto, a New York presente no título é enorme e muito fiel à atual New York, contando agora com muita neve que está muito realista e bem recriada, contendo todos os seus lugares mais emblemáticos e que valem apena visitar e, com a liberdade do Spider-Man para escalar edifícios, podemos visitar os mesmos de novas formas para além da realidade, o que torna toda a ambientação ainda melhor.

Ao mesmo tempo e tal como na realidade, New York apresenta-se como uma cidade bastante populosa e cheia de vida e transito, tendo inúmeros e diferentes tipos de NPCs para tornar toda a experiência ainda mais realista e melhor, o que é fantástico e, mais uma vez, de cortar a respiração.

Outro aspeto importante é que a maioria dos edifícios permitem ver o seu interior, não sendo apenas janelas pretas ou com desenhos, o que é fantástico mas, ao mesmo tempo, muitos dos interiores são repetidos, não apresentam qualquer vida e alguns deles nem fazem sentido onde se encontram, o que acaba por degradar um pouco esta atenção ao detalhe.

Desta forma, resta-me concluir esta secção da analise entregando uma pontuação máxima em relação ao que ambientação diz respeito, sendo extremamente e verdadeiramente fiel a New York e tornando toda a experiência do título ainda melhor, o que é incrível, tal como o nosso amigo Spider-Man.

Qualidade gráfica e desempenho — NIXXES volta a acertar (9/10)

Antes de passarmos para o veredito, falta ainda falar acerca da qualidade gráfica e do desempenho do Marvel’s Spider-Man: Miles Morales. Desde já, podemos concluir que esta categoria vai ser muito superior à PlayStation 4 e também à PlayStation 5, pelo facto de um PC ter muito mais capacidade de memória e processamento a comparar com as consolas da Sony.

No que toca ao desempenho, para o meu PC que contém uma Nvidia Geforce RTX 3070, da MSI, com 8 GB de VRAM DDR6; um i7-11700K, da Intel, com 8 núcleos e uma frequência turbo de 5.0GHz; e ainda 32 GB de memória RAM DDR4, da G.SKILL; o desempenho no mesmo foi bastante bom, não tendo uma grande variação de fps durante toda a minha gameplay.

Analisando isto melhor, o Marvel’s Spider-Man Remastered rodou sempre com os gráficos no ULTRA, nesta qualidade, tendo uma performance acima dos 60 fps e conseguindo aproveitar os 240Hz que o meu monitor tem para oferecer, o que é fantástico e mostra o excelente trabalho e dedicação da Sony em trazer títulos para o PC.

Passando agora para a qualidade gráfica, tenho a dizer que, no ULTRA, esta é simplesmente impressionante e magnífica, tendo elevado New York a um outro nível de beleza. Esta não foi exatamente aquilo que já estava à espera pois eu não estava à espera que a qualidade gráfica deste novo título fosse de cortar a respiração.

Juntamente com a magnífica e impressionante ambientação que já vimos mais acima, a qualidade gráfica fica ainda mais bonita e extraordinária. Todos os cenários e elementos dos mesmo não apresentaram quaisquer faltas de renderização durante a minha gameplay, tenha esta tido muitos ou poucos elementos no meu campo de visão, o que também revela que o Marvel’s Spider-Man: Miles Morales está muito bem otimizado para PC.

Relativamente à qualidade gráfica nas cutscenes do título, posso dizer que a qualidade gráfica manteve-se exatamente igual à já referida nos parágrafos acima, não tendo visto nada por renderizar e, isto é algo bastante positivo para o Marvel’s Spider-Man: Miles Morales e que mostra o empenho da Sony neste título.

Para concluir, gostaria apenas de acrescentar que, de um modo geral, apreciei bastante a qualidade gráfica e o desempenho do Marvel’s Spider-Man: Miles Morales para PC mas, apesar disto, estas podem ainda ser melhoradas e, juntamente com a nova ambientação, tornou esta experiência ainda mais consistente e agradável em relação às consolas.

Veredito — uma derradeira aventura heroica (8,8/10)

Após um anúncio inesperado durante a pandemia daquele que viria a ser um dos melhores jogos de super-heróis de sempre, tal como o antecessor, e um dos melhores títulos das PlayStation 4 e PlayStation 5 até hoje, nunca ninguém imaginou que Marvel’s Spider-Man: Miles Morales chegaria um dia ao PC, dia esse que marca um avanço para a Sony e PlayStation acerca da sua integração na plataforma e que revela uma nova forma de jogar este incrível título.

Este título, que nunca imaginei jogar, fez-me ficar horas a fio a circular pelas belíssimas ruas de New York, a desfrutar das incríveis paisagens das mesmas e, como é óbvio, a combater contra o crime sem para para proteger todos os cidadãos da famosa cidade que nunca dorme, mas agora mais natalícia e gelada.

Desta forma, gostava de agradecer, em especial, à PlayStation Portugal por ter permitido a possibilidade de poder jogar e analisar este fantástico título, do mesmo modo que congratular as próprias PlayStation e Insomniac Games por este título muito bem conseguido e que foi, para mim, um dos melhores que já produziram até aos dias de hoje.

Obviamente, não poderia deixar de pontuar este jogo desta forma, assim como recomendá-lo a todos, principalmente aos fãs do Miles Morales, que não se arrependerão de o jogar, sobretudo por este jogo entregar a derradeira experiencia aracnídea.

REVER GERAL
VEredito
8.8
analise-de-marvels-spider-man-miles-morales-pc-o-aprendiz-segue-as-pisadas-do-mestreEste título, que nunca imaginei jogar, fez-me ficar horas a fio a circular pelas belíssimas ruas de New York, a desfrutar das incríveis paisagens das mesmas e, como é óbvio, a combater contra o crime sem para para proteger todos os cidadãos da famosa cidade que nunca dorme, mas agora mais natalícia e gelada.

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