60% dos líderes de TI em Portugal não estão preparados para nova regulamentação sobre os dados

Mais de 60% dos líderes de TI em Portugal não se sentem suficientemente preparados para lidar com uma regulamentação mais rígida sobre a soberania e privacidade dos dados.

Um novo estudo da Equinix, partilhado em nota enviada à imprensa, revela que entre os principais motivos estão temas relacionados com insuficiente infraestrutura, falta de expertise interna, assim como os custos que o cumprimento poderá implicar.

81% dos líderes de TI em Portugal estão “muito preocupados” com o cumprimento dos regulamentos de proteção de dados. 54% consideram que a crescente exigência dos requisitos regulatórios em torno da privacidade dos dados é um desafio e que têm “infraestrutura insuficiente” (67%), “falta de expertise interna” (66%), temendo ainda os “custos que a compliance poderá implicar” (64%).

Existem várias jurisdições por todo o mundo que estabelecem regulamentos próprios que definem a forma como as empresas acedem e usam os dados. Estes permitem também aos governos determinar de que modo os dados dos seus cidadãos são processados e armazenados por entidades estrangeiras.

Caso um país ou região implementasse leis estritas sobre a soberania dos dados, 40% dos líderes de TI em Portugal afirmam que precisariam de efetuar grandes mudanças e potencialmente atrasar os seus planos de expansão. Já 27% dizem precisar de fazer pequenas alterações aos seus planos de expansão e 12% admitem que considerariam cancelar os seus planos de expansão.

O desenvolvimento de uma estratégia de soberania na cloud surge como uma alternativa para ajudar as empresas a gerirem os riscos associados ao armazenamento de dados em vários países, contribuindo para limitar a sua exposição aos riscos e manter o controlo sobre dados críticos.

Soberania de dados significa manter o controle sobre a criptografia e o acesso aos seus dados. Isso garante que dados confidenciais não caiam nas mãos de uma entidade estrangeira sem permissão expressa, resultando em não conformidade com as leis de soberania de dados do país.

Este estudo conclui que garantir, gerir, aceder e disponibilizar dados em grande escala é uma tarefa cada vez mais complexa. 

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