TikTok e Universal selam paz explosiva: Música retorna com condições

No início de fevereiro, o mundo digital assistiu a um embate entre dois colossos da indústria do entretenimento: a Universal Music Group (UMG) e o TikTok. Este confronto, mais do que uma mera disputa contratual, refletiu as tensões crescentes entre plataformas de conteúdo e produtores de música sobre a justa remuneração e o uso de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA) na criação de conteúdo.

A UMG, gigante da indústria musical, acusou o TikTok de oferecer um acordo menos vantajoso do que o anterior, firmado em 2021, e de não pagar o valor justo aos artistas. A UMG criticou também a plataforma por sua postura perante as músicas geradas por IA e pelo esforço insuficiente em combater violações de direitos autorais. Em resumo, a UMG alegou que o TikTok estava a tentar construir um negócio baseado na música sem compensar devidamente os criadores.

O TikTok não se deixou intimidar e contra-atacou, argumentando que a UMG estava a colocar a sua ganância acima dos interesses dos artistas. A plataforma defendeu-se, afirmando ser um veículo gratuito de promoção e descoberta de talentos, insinuando que a UMG estava a desvalorizar esse aspecto.

Este desentendimento teve repercussões imediatas. O TikTok, uma rede social com forte componente musical, viu-se privado de um vasto repertório de músicas populares. A UMG perdeu uma plataforma de difusão significativa, especialmente para artistas emergentes. E os utilizadores, potencialmente milhões, ficaram sem acesso às músicas da UMG na plataforma, com vídeos anteriormente sonorizados por estas faixas a ficarem em silêncio.

Após um período de tensão, as águas acalmaram e as duas entidades chegaram a um novo entendimento. Anunciaram um acordo de licença “multidimensional” que promete benefícios substanciais para artistas, compositores e selos da UMG, além de trazer de volta a música da UMG à comunidade global do TikTok.

O acordo estabelece um compromisso para melhor remuneração dos artistas da UMG, novas oportunidades promocionais e proteções avançadas contra o uso de IA gerativa. O TikTok também se comprometeu a investir em ferramentas que potencializem o talento artístico e a colaborar com a UMG para eliminar conteúdo musical gerado por IA não autorizado, além de desenvolver ferramentas que aprimorem a atribuição de artistas e compositores.

Na minha opinião, este desfecho é um passo positivo na direção de um ecossistema digital mais justo e equilibrado. A música é um elemento central na experiência do TikTok, e a sua valorização é essencial para a sustentabilidade da indústria. Além disso, a atenção dada à IA gerativa e à proteção dos direitos autorais é um sinal encorajador de que as plataformas estão a levar a sério as implicações éticas e económicas das novas tecnologias.

Fonte: Universalmusic

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui