A Intel Foundry Services (IFS) e a Arm firmaram um acordo de parceria para permitir que os desenvolvedores criem sistemas em chips (SoCs) de computação de baixo consumo de energia baseados no processo Intel 18A. A colaboração passa pelo design de chipsets móveis com núcleos de CPU baseados em Arm e, posteriormente, passará para aplicações em automóveis, IoT, data centers, aeroespaciais e governamentais.
Na arquitetura de chips, a Arm é uma das marcas mais conhecidas. O relatório da Counterpoint aponta para que os CPUs da empresa britânica para o mercado dos computadores portáteis possam duplicar até 2027.
Segundo a empresa, a participação dos system-on-chips (SoCs) para portáteis que se baseiam na arquitetura Arm é atualmente de 15% – em 2024 estimam que chegue aos 18%. Os analistas destacam que as duas maiores vantagens desta arquitetura em comparação com os chips X86 são um menor consumo ao nível energético e ainda a personalização, o que permite a integração de recursos mais avançados e melhor desempenho.
No que respeita aos dados referentes às outras arquiteturas, a analista indica que atualmente a AMD detém 16,7% do mercado, sendo que essa cota deverá diminuir para 15,5% em 2024; 15,1% em 2026; aumentará novamente para 16% em 2026 e deve sofrer uma nova queda em 2027 para 14,4% e esta será a sua participação mais baixa no setor, muito devido ao crescimento da Arm.
Já do lado da líder Intel, a Counterpoint indica que a empresa de Pat Gelsinger tem de momento uma participação de 68%, mas esse valor também deverá diminuir gradualmente para 67% em 2024; para 63% em 2025; para 61% em 2026 e para 60% em 2027.
Se a colaboração for bem-sucedida, a Intel pode regressar ao mercado de chips para dispositivos móveis de forma indireta. Ainda não foram anunciados clientes, mas há indícios de que a Qualcomm poderá ser a primeira a usufruir dessa parceria, já que um acordo foi firmado entre as duas empresas em 2021.
Fonte: Conterpoint Research
