No panorama tecnológico dos últimos 18 meses, uma das novidades mais intrigantes no campo dos periféricos foi a série de headsets Inzone para PS5 e PC da Sony. O mais recente membro desta família é o Inzone H5, que se situa ligeiramente acima do modelo com fio H3, mas significativamente abaixo dos modelos premium H7 e H9.
Com um preço estabelecido em 150€, este modelo quer competir na área das massas, já que é um preço razoável para uns headphones gaming. Tendo em conta o legado da Sony, as expectativas estão elevadas para este dispositivo.
Tenho estado a testar intensivamente o novo headset da Sony para determinar se este consegue alcançar a distinção de ser um dos melhores headsets para PS5 disponíveis atualmente – vamos analisar em profundidade.
Design
O design do Inzone H5 da Sony tem uma semelhança impressionante com os modelos H7 e H9, mantendo a mesma silhueta principal e formato dos auriculares. No entanto, este é o primeiro headset da série a ser lançado em duas cores, preto e branco. Neste momento, os outros modelos também estão a receber versões em preto, ampliando assim as opções disponíveis na linha Inzone, todos com um visual bastante similar.
O H5 possui uma banda de cabeça e auriculares acolchoados, juntamente com um microfone que pode ser levantado e afastado do rosto quando não está em uso, ao invés de ser completamente removível ou retrátil.
Com um peso agradável e leve de 260g, o H5, apesar de não ter o mesmo acolchoamento luxuoso e superior do H9, ainda assim é suficientemente macio para oferecer conforto. Usei o H5 durante sessões de três horas sem qualquer problema ou desconforto, o que demonstra o êxito do seu design. A banda de cabeça pode ser facilmente ajustada para se adaptar a cabeças maiores ou menores.
Os botões nos auriculares permitem ligar e desligar o headset, e o volume pode ser ajustado a qualquer momento através de uma roda saliente. Essa saliência facilita a localização da roda, embora seja ainda um pouco complicado ajustá-la enquanto se tem o headset na cabeça.
A Sony não alterou muito a fórmula para o H5, sendo por isso uma transposição bem-sucedida de um design já estabelecido. No entanto, ao toque, sente-se que o material é bastante plástico, o que reforça a ideia de que este modelo é uma versão mais económica e simplificada dos modelos H9 e H7.
Som
Ao procurar um headset de gama média, a qualidade de construção ligeiramente reduzida não é a prioridade – o foco está mais em saber se ainda se pode obter um som excelente sem pagar um preço premium. Para não criar confusões, o H5 não tem um som tão bom como o H7, muito menos o H9. No entanto, aproxima-se o suficiente do primeiro para garantir um lugar de destaque.
Com unidades de driver de 40mm, o H5 consegue produzir um som rico e envolvente quando estás ligado e a jogar um jogo com um bom design de som e tons plenos. Não é o headset com mais graves que já experimentei, mas existe um equilíbrio sólido aqui, e também tem um bom desempenho nas frequências mais altas.
A única desvantagem sonora dessa construção plástica é que o isolamento não é o melhor – o ruído externo pode facilmente infiltrar-se enquanto estás a jogar, o que pode ser um pouco frustrante (embora dependa, obviamente, do local onde estás a jogar).
No entanto, usar o H5 para jogar Call of Duty: Modern Warfare 3 tem sido um prazer, e também tem sido um bom companheiro nas horas do reboot do Lords of the Fallen.
Enquanto o primeiro título depende mais do feedback de áudio em frações de segundo para te permitir surpreender os inimigos, os ambientes arrepiantes do último também estão no seu melhor com um headset adequado como este.
O H5 tem basicamente o som quase exatamente certo para um headset de 150€, e isso vem após experimentar dezenas de concorrentes nos últimos anos.
A única área onde fica um pouco aquém é no que diz respeito ao microfone – tão frequentemente uma área onde a economia de custos se faz sentir. O do H5 não é terrível, mas é um pouco abafado e com algum ruído.
Bateria
A maior variável para um headset sem fios deste tipo, no que toca a funcionalidades, é a sua bateria, e o H5 apresenta características que não deverão constituir um problema.
Deverás obter cerca de 28 horas de tempo de jogo com uma única carga, o que está dentro do que seria de esperar neste momento – embora existam outras opções no mercado cuja vida útil da bateria pode chegar às 50 horas. Ainda assim, 28 horas são mais do que suficientes para a maioria das pessoas passarem até mesmo uma semana intensiva de jogos, e a carga via USB-C pode repor completamente a energia em cerca de 3,5 horas.
Se necessário, existe também uma entrada de 3,5mm para áudio com fio, o que significa que terás sempre uma alternativa, mesmo no pior dos cenários, se ficares sem bateria.
Embora a sua integração não faça uma grande diferença, o facto de se tratar de um headset da Sony significa que possui um conjunto de botões que te permitem ajustar o equilíbrio entre as conversas do teu grupo e o áudio do jogo sem teres que navegar pelos menus, o que é realmente apreciável.
Conectas o headset à tua PS5 usando um dongle USB-A, que na minha opinião deveria já ser USB-C. Encontrei a conectividade bastante forte, sem interrupções ou interferências, proporcionando uma experiência suave.
Veredito: Sony Inzone H5
O Sony Inzone H5 preenche uma lacuna na linha de headsets Inzone da marca que, à primeira vista e considerando os preços atuais do mercado, pode parecer um pouco estranha. O modelo H7, disponível por um preço semelhante, oferece conectividade Bluetooth, auriculares mais profundos e uma melhor autonomia de bateria. Mesmo assim, comparado com o preço de 170€ que já é possível encontrar, vale a pena o investimento adicional.
O H5 apresenta-se com um acabamento branco elegante, é leve, pesando apenas 260g, e o acolchoamento em tecido é bastante confortável na cabeça. Gostaria apenas que os auriculares fossem um pouco mais profundos, o que poderia também ajudar a resolver o problema de um palco sonoro mais estreito que o da concorrência.
Em termos de áudio, a performance é geralmente boa, com um som suave que lida bem com as médias e altas frequências. Já os graves não têm tanto impacto como outros headsets tradicionalmente oferecem, deixando-me a desejar um pouco mais de presença sonora. A ativação do Spatial Audio, fornecido pela Sony no seu competente software, melhorou significativamente a experiência.
Com um preço de 150€, o Sony Inzone H5 é uma opção a considerar, apesar das suas limitações. Como sempre, a escolha do headset ideal dependerá das preferências e necessidades individuais de cada utilizador.
