Futuro do Windows 10: Segurança Paga ou Inevitável Transição para o Windows 11

O ciclo de vida dos sistemas operativos é um tema recorrente no universo da tecnologia. A Microsoft, uma gigante neste campo, não é exceção e já anunciou o fim do suporte oficial para o Windows 10, previsto para 14 de outubro de 2025. Este sistema operativo, que marcou a sua estreia a 29 de julho de 2015, prepara-se para ceder o trono ao mais recente Windows 11. No entanto, a transição não será abrupta, nem obrigatória, pelo menos para quem estiver disposto a pagar.

A Microsoft propõe um programa denominado Extended Security Updates (ESU), que entrará em vigor assim que o suporte oficial terminar. Este programa permitirá aos utilizadores, sejam eles empresariais ou finais, manterem os seus dispositivos com Windows 10 atualizados com os mais recentes patches de segurança.

O custo inicial para aderir ao ESU será de 61 dólares por dispositivo no primeiro ano. Contudo, esta é uma estratégia que se revela progressivamente mais dispendiosa, pois o preço duplicará no segundo ano para 122 dólares e, novamente, para 244 dólares no terceiro ano. Além disso, se um utilizador decidir aderir ao programa no segundo ano, terá de pagar retroativamente pelo primeiro ano de atualizações.

A política de preços para os utilizadores finais ainda é uma incógnita, com a Microsoft a prometer divulgar mais detalhes futuramente. O que é claro, porém, é a intenção da empresa em incentivar a migração para o Windows 11. O custo elevado das licenças ESU, especialmente a longo prazo, parece ser um estímulo para que os utilizadores façam a atualização para a versão mais recente do sistema operativo.

Apesar da estratégia da Microsoft, o Windows 10 continua a ser a versão dominante do Windows, com uma quota de mercado de 69,07%, em comparação com os 26,68% do Windows 11, segundo dados da Statcounter GlobalStats. A empresa enfrenta o desafio de inverter estes números nos próximos 18 meses, o que não será uma tarefa fácil.

É importante notar que o Windows 10 continuará a funcionar mesmo após o fim do suporte oficial, mas os utilizadores que optarem por não pagar pelo ESU estarão expostos a riscos de segurança. Este cenário não é inédito, o Windows XP é um exemplo de longevidade, mantendo-se em uso mesmo após o fim do seu suporte oficial, especialmente em países como a Arménia, onde ainda detém uma quota de mercado impressionante de 77,34%.

Na minha opinião, a estratégia da Microsoft é compreensível do ponto de vista comercial, mas coloca os utilizadores numa encruzilhada financeira e tecnológica. A segurança é primordial, e pagar por atualizações é justificável, mas o custo crescente do ESU pode não ser sustentável para todos. Além disso, a pressão para adotar o Windows 11 pode não ser bem recebida por uma base de utilizadores que valoriza a estabilidade e a familiaridade do Windows 10.

Fonte: Microsoft

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