A Prosper Robotics construiu um robô que pode fazer a limpeza da casa, tratar da louça e da roupa. Há muito que a ficção científica prometia robôs mordomos, mas, agora, um ex-aluno do laboratório de IA mais famoso do mundo parece estar perto de fazer isso acontecer.
A Prosper Robotics, com sede em Londres – uma startup fundada pelo ex-funcionário da OpenAI Shariq Hashme – está a construir um robô doméstico que pode chegar ao mercado nos próximos anos. Para já o preço previsto para essa venda ao público ronda os dez mil euros a que acresce uma mensalidade para manutenção e para ser operado remotamente por um humano em determinadas tarefas mais complexas.
Para evitar alguns dos problemas de privacidade relacionados com o facto de a equipa remota poder ver dentro da sua casa, a equipa desenvolveu uma interface que desfoca qualquer texto ou rosto humano que esteja ao alcance do robô.
Hashme diz que será capaz de carregar e esvaziar a máquina de lavar louça, lavar roupa, limpar superfícies e pisos e até preparar refeições simples como saladas, por exemplo.
O robô anda sobre rodas (robôs bípedes ainda não têm equilíbrio confiável o suficiente para serem implantados numa casa) e tem dois braços que podem levantar e baixar para realizar diferentes trabalhos. As suas “mãos” conseguem agarrar e guardar objetos como pratos e talheres, além de dobrar roupas e fazer a cama.
Cada versão do robô também virá com uma caixa de “50-100 ferramentas”: itens como ventosas para remover tampas complicadas de tupperware ou um esfregão especializado que se adapta melhor à forma do robô do que à anatomia humana.
Uma área de potencial de preocupação é pôr o robô a preparar refeições – tanto pelo lado da higiene como pelo perigo de termos um robô a manusear facas. Mas Hashme diz que a equipa da Prosper resolveu o problema de higiene dando ao robô diferentes conjuntos de “luvas” para diferentes trabalhos para evitar a contaminação cruzada (ele também sabe como colocar as luvas no lava-louça).
Ao contrário dos grandes modelos de linguagem como o ChatGPT da OpenAI, que são treinados em grandes quantidades de texto gerado por humanos, os robôs-mordomo vão precisar de aprender repetidamente fazendo as mesmas tarefas.
Fonte: Sifted