A Xiaomi quer tornar-se numa das cinco maiores fabricantes de automóveis dentro de 15 a 20 anos.
No mais recente dia dedicado aos investidores, Lei Jun, o multimilionário cofundador da marca, revelou que metade do seu tempo no último trimestre foi passado a investigar o segmento automóvel.
A marca está a fazer testes de condução autónoma e deverá apresentar o primeiro protótipo já no ano que vem. A equipa de investigação e desenvolvimento responsável pelos carros da Xiaomi conta agora com mais de 2.300 funcionários.
No bairro de Yizhuang, em Pequim, onde se situa a sede de vendas, pesquisa e desenvolvimento da empresa, a Xiaomi estabeleceu a sua própria unidade automóvel e é aí que deverá nascer uma fábrica de veículos totalmente operacional, com uma capacidade anual de produção de 300.000 unidades.
Jun está confiante no quanto a marca é competitiva e tem capacidade de inovar, mas também tem noção das dificuldades que a Xiaomi vai enfrentar neste setor. “Os veículos são algo centenário. Desde que estejas otimista em relação à indústria automóvel, nunca é tarde demais. O desenvolvimento dos fabricantes chineses de veículos elétricos está 6 a 7 anos à frente da Xiaomi”, admite o executivo.
Os números revelados pela marca mostram que, só em 2022, conseguiu captar mais de 450 milhões de euros de investidores para o seu setor automóvel.
Para Lei Jun, serão mais importantes os lucros de software dos veículos do que os lucros de hardware, numa perspetiva a longo-prazo.
Entretanto, segundo um jornal local, a empresa está quase a obter a autorização para começar a produzir os seus veículos elétricos (EVs), embora ainda nada esteja definido nem tenha havido um anúncio oficial.
Desde 2017, o processo de candidatura e os critérios para a concessão de licenças de fabrico de veículos elétricos tornaram-se mais rígidos e estão a sugerir novas soluções, como parcerias com fabricantes de equipamentos originais (OEM) ou a aquisição de outras empresas. A fábrica de Guangzhou da XPeng Motors obteve a sua licença de fabrico de veículos elétricos em janeiro deste ano – um evento raro nos últimos cinco anos.
A Xiaomi obteve sua licença de fabrico de veículos após ter adquirido a Borgward, uma empresa que faliu a 29 de novembro do ano passado.
Fonte: PanDaily
