Você sabe o que é “Swatting”?

Mais duas pessoas foram envolvidas na morte de um jovem de 28 anos numa “brincadeira” de internet conhecida por “swatting”. Andrew Finch, do Kansas nos EUA, é a primeira morte confirmada deste tipo de acção.

O swatting é uma prática que se tornou relativamente comum nos EUA de telefonar às autoridades policiais e reportar um determinado endereço pertencente a um youtuber ou twitcher que esteja a fazer livestream. No telefonema às autoridades, refere-se que algo de grande gravidade terá ocorrido na casa em questão: um homicidio ou uma situação de reféns. Perante a denúncia, as autoridades entram na casa referida e a acção policial é captada pelo livestream.

Aqui segue um vídeo que compila 10 destes casos:

Neste caso em particular, a acção policial acabou em tragédia. Os telefonemas foram feitos a 28 de Dezembro de 2017. A acusação diz que o telefonema surgiu na sequência de uma desavença entre dois jogadores no jogo Call of Duty. Um dos jogadores terá pedido a um amigo para realizar “swatting” ao seu inimigo de jogo, mas a morada que lhe forneceu foi uma morada antiga. Na acção policial alguém que nem sequer estava envolvido no assunto acabou a ser baleado pela polícia.

O swatting é causa ou sintoma?

Existe unanimidade na opinião pública americana que este tipo de “brincadeira” é absolutamente inaceitável não só por gastar recursos e tempo às autoridades policiais, mas sobretudo por colocar vidas em risco. No entanto, há quem afirma que o swatting só é possível devido à facilidade com que a polícia pode utilizar força bruta em alguns estados americanos sem que existam provas concretas de qualquer crime para além de uma mera chamada anónima (que qualquer pessoa pode fazer).

Prisão perpétua?

O mais velho dos jovens acusados, de 25 anos, chama-se Tyler Barris e foi ele que “encomendou” o swatting ao amigo. Enfrenta uma acusação de homicídio involuntário e pode ter uma pena entre 5 anos e prisão perpétua.

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