O mercado automóvel registou em Junho uma quebra de 37 por cento em relação ao mesmo mês de 2011. Há 24 anos que a venda de automóveis ligeiros não sofria uma queda tão acentuada.
Desde 1988 que este setor não sofrida uma redução tão drástica na venda de automóveis ligeiros. Segundo a associação do setor, Associação Automóvel de Portugal (ACAP), no mês passado venderam-se 10 805 automóveis em todo o país, uma quebra de 37 por cento relativamente ao mesmo mês do ano anterior.
Segundo a ACAP este foi o “pior mês de Junho do período pós-liberalização do mercado, ou seja, desde 1988”. No primeiro semestre de 2012 as vendas de automóveis ligeiros de passageiros rondavam as 53 406 unidades, que segundo a ACAP “se traduziu numa forte contração de 41,9 por cento face ao semestre de 2011”.
A crise que este setor atravessa está relacionada com a conjetura económica que o país atravessa. O mercado automóvel está a sentir com a crise que o país atravessa. A poupança dos portugueses está ao nível mais alto dos últimos nove anos e os bancos restringem a concessão de crédito ao consumo, o que ajuda ainda mais a que este mercado se retraia.
As vendas nos comerciais ligeiros sofreram a maior descida em Junho, recuando 53,4 por cento para 1 313 unidades e chegou aos 55 por cento em seis meses. Nos ligeiros de passageiros as vendas caíram 41,9 por cento para 53 406 unidades.
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