Valve não irá aprovar jogos da Steam que usam obras de arte de IA

Relatórios recentes alegaram que a Steam irá cessar a publicação de jogos gerados por inteligência artificial (IA). No entanto, um porta-voz da Valve afirmou que o objetivo não é desencorajar o uso da IA, mas sim integrá-la às suas políticas de revisão existentes.

A Steam atualmente leva em consideração as leis de direitos autorais existentes no seu processo de revisão de jogos. Além disso, os desenvolvedores cujos jogos forem rejeitados devido a questões de direitos autorais relacionados à IA serão reembolsados, uma vez que o processo de revisão é bastante aprimorado.

As regras de submissão da Valve para desenvolvedores já proíbem o uso de conteúdo sem os direitos adequados. No entanto, a IA tem complicado as discussões sobre direitos autorais e levado a processos por violação desses direitos.

A política da Valve em relação à criação de jogos por IA é clara e visa garantir que todo o conteúdo seja legal e respeite as leis de direitos autorais. A empresa acredita que os desenvolvedores podem utilizar a IA como uma ferramenta útil, desde que sejam tomadas as devidas precauções para evitar violações de direitos autorais.

Kaci Boyle o representante da Valve PR, disse que o objetivo da empresa é “não desencorajar o uso de [AI] na Steam, em vez disso, estamos a trabalhar numa forma de o integrar às nossas políticas de revisão já existentes.” Ela continuou a dizer que o processo de revisão atual da empresa leva em consideração a lei de direitos autorais atual e que “embora os desenvolvedores possam usar essas tecnologias de IA no seu trabalho… eles não podem infringir os direitos autorais existentes”.

As implicações legais do uso de IA na criação de jogos são, sem dúvida, complexas. A IA é capaz de gerar conteúdo com base numa infinidade de dados que pode incluir imagens, textos e sons previamente protegidos por direitos autorais.

As regras de envio do desenvolvedor da Valve não permitem “conteúdo que não possui ou sobre a qual não tem direitos adequados”. Potterharry97 incluiu a mensagem de rejeição no seu post, que dizia que o seu jogo “contém ativos de arte gerados por inteligência artificial que parecem depender de material protegido por direitos autorais de propriedade de terceiros”.

Este cenário tem levado a uma série de litígios judiciais envolvendo desenvolvedores que utilizaram IA para criar conteúdo de jogos, apenas para serem processados por violação de direitos autorais. Portanto, a Valve está a adotar uma abordagem cautelosa para garantir que os seus jogos sejam legais e respeitem todas as leis de direitos autorais aplicáveis.

A decisão da Valve de integrar a IA às suas políticas de revisão existentes não significa necessariamente que a empresa não acredite no potencial da IA para a criação de jogos. Em vez disso, a Valve está a reconhecer que a IA pode ser uma ferramenta útil para os desenvolvedores, mas que é importante utilizar essa tecnologia de forma ética e legal.

Fonte: Tom’s Hardware

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