Trabalhadores da Amazon protestam contra venda de reconhecimento facial ao governo americano

Os trabalhadores da Amazon estão a exigir que a empresa pare de vender software de reconhecimento facial e outros serviços de fiscalização ao governo dos Estados Unidos da América.

Numa letra aberta endereçada ao actual CEO da Amazon, Jeff Bezos, um grupo de trabalhadores disse que “se recusam a contribuir para ferramentas que violam direitos humanos,” citando as recentes violações aos direitos dos refugiados e imigrantes na fronteira com o México e a perseguição a activistas negros por parte das forças policiais.

“Enquanto ‘Amazonianos’ eticamente preocupados, exigimos uma escolha naquilo que produzimos, e uma participação em como é usado,” é sublinhado na carta aberta primeiro noticiada pelo The Hill.

Do que se queixam exactamente os trabalhadores da Amazon?

Os trabalhadores queixam-se especificamente de duas situações que exigem que sejam travadas o mais brevemente possível: a venda de software de reconhecimento facial às forças policiais americanas (Amazon Web Services Rekognition), e a venda de serviços de cloud AWS à Palantir (que trabalha com as patrulhas governamentais da fronteira americana com o México).

Os trabalhadores que assinaram esta letra consideram que a venda de software de reconhecimento facial poderá conduzir à construção de um sistema massivo de vigilância nas ruas dos EUA. Os serviços prestados à Palantir, segundo esta carta, têm ajudado a práticas desumanas de processamento de informação de imigrantes e refugiados e facilitação da sua deportação.

A separação entre pais e filhos na fronteira foi a gota de água

A carta refere que a política de separação de famílias foi a gota de água que motivou esta carta aberta de protesto. “Face a esta política imoral dos EUA, e ao cada tratamento cada vez mais desumano aos refugiados e imigrantes para além desta política especifica, nós estamos profundamente preocupados que a Amazon também esteja implicada, ao providenciar infra-estrutura e serviços (…),” pode ler-se na carta.

Fonte: The Hill

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