Todo o cuidado é pouco: anda aí um novo esquema do MB Way

A aplicação MB WAY está a ser usada num novo esquema de burlas. Apesar de a própria aplicação ter o alerta para situações de fraude, a verdade é que a “nova vaga” surgiu em simultâneo com o início da pandemia e ainda não terminou, diz o JN.

As vítimas são enganadas através de um alegado negócio no qual o criminoso diz que está interessado no produto que a pessoa quer vender na internet. O que acontece é que a pessoa não está a realizar um pagamento para aquele número – está a associar a sua conta bancária àquele número de telemóvel (que é do criminoso).

Depois de avisos das autoridades, e de notícias sobre o assunto, o número destas burlas diminuiu: quase 5 mil inquéritos na Procuradoria-Geral da República em 2020; agora 819 neste ano, mas mesmo assim continuam a conseguir enganar as pessoas.

O esquema agora é o seguinte: o burlão, depois de controlar a conta bancária da vítima, não realiza transferências bancárias para a sua própria, já que muitas contas eram “apanhadas” pela polícia – agora levantam o dinheiro em caixas multibanco, da conta da vítima, e assim têm conseguido escapar ao sistema bancário.

A burla informática origina uma pena de entre dois e oito anos de cadeia, se o valor for elevado.

Para quem já caiu neste ou noutros esquemas as notícias não são boas: a declaração de inconstitucionalidade com força obrigatória geral e efeitos retroativos da lei dos metadados pode colocar em risco cerca de 8.000 processos criminais relativos às burlas por MB Way. Tudo porque a informação digital que permite localizar determinado aparelho tecnológico no tempo e no espaço é considerada essencial para a descoberta da verdade material nesse tipo de investigação.

Os metadados são um dos meios de prova mais fortes desse tipo de processo. Sem os metadados, a identificação dos suspeitos torna-se muito mais difícil.

Fonte: JN

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