Chama-se Keystroke Dynamics e é a mais recente tecnologia de segurança de sistemas informáticos desenvolvida pela Universidade do Minho. O sistema chegará ao mercado pelas mãos da Critical Software.
A tecnologia monitoriza a interação do utilizador com o teclado de forma contínua e transparente, traçando o perfil biométrico do utilizador legítimo, evitando assim tentativas de intrusão ou roubos de identidade. A investigação partiu do pressuposto que cada pessoa tem uma forma própria de digitar em teclados ou em combinações de teclas, que é determinada por processos neurofisiológicos intransmissíveis.
“O teclado tem a possibilidade de ao fim de algum tempo de utilização aprender quem é o utilizador e, se outra pessoa o utilizar em nome do utilizador legal, o computador pode perfeitamente negar-lhe o acesso”, explica Henrique Santos, professor na Universidade do Minho e coordenador do projeto.
Esta tecnologia vem assim, “revolucionar a forma de autenticação e criar uma oportunidade de tornar os sistemas informáticos muito mais seguros”, afirma o docente do Departamento de Sistemas de Informação.
Henrique Santos não descarta a possibilidade de o Keystroke Dynamics vir a ser adaptado à observação de outros tipos de comportamentos e com outros interfaces, como os telemóveis, “já que o princípio do algoritmo é o mesmo”, assegura. O sistema de controlo estará apenas disponível para computadores e será introduzido no dia a dia no prazo máximo de cinco anos.
