A T-Mobile chegou a acordo para comprar a rival Sprint, num negócio de 26 mil milhões de dólares (21,4 mil milhões de euros) que vai unir a terceira e a quarta maior empresa de telecomunicações móveis do país. A fusão esteve perto de acontecer em 2014 (na altura foi chumbada pela administração Obama) e em Novembro do ano passado, quando as negociações foram canceladas por falta de entendimento entre os maiores accionistas.
Agora, segundo o The Verge, há nova tentativa, embora não seja certo que a operação chegue ao fim, uma vez que poderão existir entraves dos reguladores.
A T-Mobile oferece 6,62 dólares por cada título da Sprint (9,75 acções da Sprint dão direito a uma acção da T-Mobile), sendo que a contrapartida é apenas em acções. Se for concluída com sucesso, a Deutsche Telekom passará a deter 42% da nova empresa e a controlar o conselho de administração, elegendo nove dos 14 administradores.
Depois de vários anos de negociações, esta fusão avança depois da Deutsche Telekom ter chegado a acordo com a japonesa SoftBank, que controla a Sprint e aceitou deixar o controlo da nova empresa à operadora alemã.
A nova companhia terá um valor de mercado de 80 mil milhões de dólares e cerca de 127 milhões de clientes, ganhando assim músculo para aumentar a concorrência à Verizon, que é a maior operadora móvel do país, e também à AT&T, que está em segundo lugar.
Este negócio já começou a ser falado em 2014, mas recebeu um veto de Obama, que revelou preocupações relacionadas com a livre concorrência. A empresa que sai deste negócio vai chamar-se T-Mobile e promete oferecer a melhor rede dos EUA, baixar preços, criar empregos e melhorar a cobertura de serviço em zonas rurais. A nova T-Mobile pretende investir 40 mil milhões de dólares nos próximos três anos para melhorar a sua rede para o 5G, noticia a Reuters, que também aborda o acordo.
Os responsáveis da Sprint e da T-Mobile acreditam que o negócio da fusão vai concretizar-se e que os reguladores vão ser convencidos com a criação de postos de emprego nos EUA e com a promessa de que o país ficará com uma boa possibilidade de bater a China na criação da próxima geração de rede móvel. A fusão dará origem a uma empresa de 127 milhões de clientes, capaz de rivalizar com a Verizon (116 milhões) e a AT&T (93 milhões).
Os responsáveis de ambas as empresas esperam que a fusão esteja concluída no primeiro semestre de 2019. A China tem o plano de oferecer rede 5G em todo o país até 2020 e já há três operadoras dispostas a cumprir a meta.