O suspeito de ter ateado fogo, ao próprio irmão, depois de o regar com gasolina na segunda-feira à noite, em Ílhavo, ficará em prisão preventiva, decisão tomada hoje pelo tribunal de instrução criminal de Aveiro.
O arguido, operário da construção civil desempregado, foi interceptado ontem pela GNR, em Ourém, por volta do meio-dia. A vítima, Jorge Vareta, de 44 anos, que foi encontrado pelos bombeiros, num quarto pertencente aos anexos da residência dos pais, já carbonizado.
A advogada oficiosa do arguido, Carlos Vareta de 47 anos, não deduziu contestação à medida de coação mais grave. No entanto, requereu uma perícia para avaliar se o alegado agressor sofre de perturbações psiquiátricas. “É necessário determinar se o arguido é inimputável ou tem uma imputabilidade diminuída”, explicou.
Segundo a advogada, o arguido tem antecedentes clínicos de problemas do foro mental, e no sábado anterior à ocorrência terá pegado fogo também aos seus próprios anexos onde residia.
No interrogatório judicial o suspeito optou pelo silêncio, tendo ficado indiciado por homicídio qualificado e incêndio.
