A Check Point Research lançou o alerta de que inúmeras empresas ilícitas estão a vender subscrições da Netflix na Dark Web. Os investigadores relatam canais de Telegram afiliados a portais cibercriminosos que fornecem o plano premium mensal da Netflix por cerca de dois euros por mês.
Os referidos canais promovem a “eficácia e legitimidade do acesso total” de forma a atrair potenciais compradores, mas tudo indica que as subscrições ali vendidas estarão ligadas a outros crimes informáticos. “A maioria destas contas é obtida a partir de credenciais comprometidas ou de contas violadas”, pode ler-se na investigação. Dessa forma, os cibercriminosos oferecem preços significativamente reduzidos, obtendo lucros totais sem incorrer em quaisquer custos.
A Check Point Research alerta ainda que há casos de utilizadores que não conseguiram obter acesso ou viram o seu acesso bloqueado após alguns dias.
De recordar que já passaram quase três meses desde que a Netflix anunciou o fim da partilha de contas em diversos mercados. Os clientes do plano base deixaram de poder partilhar palavras-passe em fevereiro e há muitos criminosos a lucrar com isso, depois de muitos terem cancelado as suas subscrições.
Para evitar que a sua conta na Netflix seja violada ou roubada, a empresa de cibersegurança deixa algumas recomendações aos utilizadores: usar palavras-passe longas e diversificadas, combinando letras e números; evitar utilizar dados pessoais como datas de aniversários ou nomes próprios; evitar reutilizar palavras-passe e nunca partilhar a password com ninguém.
Só em Espanha, a Netflix terá perdido mais de um milhão de assinantes durante o primeiro trimestre de 2023. E os dados da Check Point Research revelam que este é um cenário ideal para o crescimento dos cibercriminosos e que devemos sempre desconfiar de tudo o que aparece na internet e que “parece bom demais para ser verdade”.
Fonte: Times Now News
